A Polícia Civil de Campinas, através da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), fechou um bingo clandestino no Jardim Guanabara, em Campinas, na noite desta terça-feira (27). Os agentes da Deic chegaram ao local após uma denuncia anônima.
Ao todo, 78 computadores foram apreendidos e uma mulher indiciada. Apostadores e funcionários foram encaminhados à sede da Deic para prestarem depoimento. O local já havia sido identificado como ponto de prática de jogos de azar pelo Ministério Público (MP) e outras unidades policiais.
Houve dificuldade para entrar, pois o imóvel era protegido por muros altos e cerca elétrica, além de um funcionário que controlava o acesso. A entrada dos policiais foi pelo estacionamento, quando um apostador chegou.
No entanto, havia um portão de ferro e os policiais aguardaram 10 minutos até a abertura. Fora as máquinas no local que exibiam telas de pôquer, havia um sistema de sorteio por meio de uma roda de bolas e um espaço destinado ao depósito das bolas já sorteadas.
“Durante a busca minuciosa no estabelecimento, foram descobertas cartelas de bingo escondidas em uma janela, possivelmente descartadas por algum funcionário. Contudo, conforme esperado, os funcionários do estabelecimento desligaram o sistema de acesso remoto via internet em algumas das máquinas, restando apenas algumas ligadas”, informou a Deic.
As máquinas eletronicamente programadas do tipo “vídeo pôquer” e os jogos em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou principalmente da sorte, auferindo vantagem econômica com ganho de porcentagem dos valores nelas depositados, foram periciadas.
Os funcionários estavam com dinheiro e cartões de valores. A mulher suspeita de ser a responsável pelo bingo clandestino vai responder pela Art. 50 previsto na Lei das Contravenções Penais que é “estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público ou acessível ao público”.
A pena para o responsável por jogos de azar é de três meses a um ano de prisão, além de multa. Ela ainda pode responder pelo crime de estelionato.