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Cirurgião plástico alerta para procedimentos estéticos irregulares

Qualificação do médico e condições do ambiente são 'fundamentais' para evitar complicações, diz o especialista
Foto/reprodução: Freepik

A morte de Paloma Lopes Alves, de 31 anos, após complicações em uma hidrolipo realizada em uma clínica em São Paulo, trouxe à tona os perigos associados a procedimentos estéticos realizados sem a infraestrutura adequada.

Embora a técnica seja promovida como uma opção menos invasiva e mais acessível, ela pode esconder riscos graves, como aconteceu com Paloma – caso que levanta debates sobre a segurança e a qualificação dos profissionais que realizam esses procedimentos fora de ambientes hospitalares.

Entrevistado pela VTV News, o cirurgião plástico especializado em lipoaspiração, Dr. Josué Montedonio, alertou para os perigos da hidrolipo, um procedimento que vem sendo realizado em consultórios e clínicas sem a estrutura de um centro cirúrgico.

Local adequado? Somente o hospitalar!

“A lipoaspiração deve ser feita apenas em ambientes hospitalares, com toda a infraestrutura necessária, incluindo anestesia, monitoramento e suporte médico. Isso é vital para garantir a segurança do paciente”, afirma o especialista santista.

O risco de complicações graves aumenta consideravelmente quando o procedimento é feito em locais inadequados, onde não há suporte para situações de emergência.

A hidrolipo, apesar de ser vendida como uma alternativa mais simples e menos invasiva, é realizada em clínicas que muitas vezes não oferecem a estrutura necessária para garantir a segurança dos pacientes.

Dr. Montedonio reforça que, para realizar qualquer tipo de lipoaspiração, é essencial que o procedimento aconteça em um hospital, onde o paciente possa receber o atendimento imediato caso ocorram complicações. “A segurança do paciente deve sempre ser prioridade”, afirma.

Os perigos do ‘corpo ideal’

Além da hidrolipo, outras variações da lipoaspiração, como a MELA (Mini Extração Lipídica Ambulatorial), têm se popularizado, mas o excesso de nomenclaturas pode confundir os pacientes.

“A cada dia surge um nome novo, o que acaba criando uma falsa sensação de segurança. O paciente precisa entender que a qualificação do médico e as condições do ambiente são fundamentais para evitar complicações”, alerta Montedonio.

A busca pelo corpo ideal tem levado muitas pessoas a recorrerem a procedimentos estéticos rápidos, mas é fundamental lembrar que a segurança deve ser a principal preocupação.

“Nenhuma cirurgia substitui um estilo de vida saudável”, lembra Montedonio, reforçando que a manutenção dos resultados requer cuidados contínuos com alimentação e exercício físico. Para ele, a prioridade deve ser sempre a saúde, e não a busca por resultados imediatos sem a devida cautela.

Entenda o caso: Mulher morre após procedimentos estéticos em São Paulo

A empresária do ramo de beleza, que passou por uma hidrolipo na terça-feira (26), sofreu uma parada cardiorrespiratória durante a recuperação pós-operatória e foi levada ao hospital, mas não resistiu.

O médico responsável, Josias Caetano dos Santos, explicou que, ao entrar na sala de recuperação, a paciente apresentava dificuldades respiratórias e piorou rapidamente.

Apesar dos esforços para reanimá-la, Paloma foi declarada morta ao chegar ao Hospital Municipal do Tatuapé.

O caso, registrado como morte suspeita, gerou grande comoção e gerou questionamentos sobre a falta de informações claras e a demora no atendimento.

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