O homem que foi jogado de cima de uma ponte de três metros por um policial militar em São Paulo é Marcelo Barbosa Amaral. Ele tem 25 anos e trabalha como entregador.
Na madrugada desta segunda-feira (2), ele foi abortado pelo soldado Luan Felipe Alves Pereira da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam).
Os vídeos circularam na internet e nos meios de comunicação. As imagens mostram o que ocorreu naquela madrugada no bairro Cidade Ademar.
Marcelo caiu no Córrego do Cordeiro.
Afinal, o homem jogado da ponte está vivo?
Após ser jogado de uma altura de três metros de altura, Marcelo sobreviveu. Testemunhas afirmam que o homem saiu andando depois da queda, mas com a cabeça muito lesionada.
O Córrego do Cordeiro é bem raso. Ele teria sido atendido numa unidade hospital e, desde então, não é visto pelas redondezas do bairro Americanópolis onde morava. O bairro é vizinho do local onde ele foi arremessado.
Familiares do rapaz afirmam que ele fugiu com medo de retaliação por parte de policiais militares. Segundo informações, a imprensa e até pessoas que se identificam como PMs tentaram encontrar a vítima.
Policial que jogou homem de ponte é preso após prestar depoimento
O policial militar que arremessou um homem de uma ponte, na zona sul de São Paulo, foi preso na manhã desta quinta-feira (5). O soldado Luan Felipe Alves Pereira atuava na Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam).
Marcelo Barboza Amaral, de 25 anos, sobreviveu, mas ainda não foi localizado.
A Justiça Militar havia decretado a prisão preventiva do policial após pedido da Corregedoria da PM, realizado na quarta-feira (3). O militar prestou depoimento, recebeu voz de prisão e será encaminhado ao Presídio Romão Gomes.
Além dele, outros 12 policiais envolvidos na ocorrência foram afastados das atividades operacionais. O caso é investigado em dois inquéritos, sendo conduzidos separadamente pela PM e o outro pela Polícia Civil.
12 tiros
Em 2023, Luan Alves Pereira foi investigado por homicídio em outro caso. Ele matou um motociclista com 12 tiros, durante uma perseguição, em Diadema, na Grande São Paulo. O Ministério Público entendeu que o PM agiu no estrito cumprimento do dever e o inquérito foi arquivado.
Além deste pedido de prisão, a promotoria também fez uma recomendação ao comando da PM para que seja feita uma atualização nos procedimentos operacionais sobre abordagens policiais, além da utilização de câmeras corporais em todas as operações.
*Com informações do SBT News