A partir desta quarta-feira (1º), diversos serviços não essenciais podem ser interrompidos nos Estados Unidos devido ao novo shutdown do governo federal. A paralisação foi confirmada na terça-feira (30), após impasse no Congresso impedir a votação do orçamento anual das agências e serviços públicos.
Áreas ligadas à segurança nacional e à saúde crítica continuarão em funcionamento, ainda que parte dos servidores tenha de trabalhar sem receber até que o financiamento seja aprovado.
Com o governo impedido de gastar, milhares de funcionários federais serão afastados sem remuneração ou atuarão sem pagamento imediato. Serviços públicos podem sofrer suspensão ou atrasos, e a divulgação de dados econômicos também poderá ser impactada.
Segundo a Agência Reuters, esse é o 15º shutdown governamental desde 1981, e que a licença de 750 mil funcionários federais poderiam custar diariamente $400 milhões.
O que segue funcionando:
- Segurança nacional
- Polícia
- Controle aéreo
- Hospitais em regime crítico
- Serviço Postal
Programas como Social Security e Medicare/Medicaid permanecem ativos, pois seus benefícios são autorizados por lei permanente. No entanto, serviços administrativos vinculados a esses programas podem enfrentar atrasos ou redução de atendimento.

O que pode ser suspenso:
- Agências administrativas
- Inspeções
- Manutenção de parques nacionais
- Certas licenças ou serviços burocráticos
Impactos para a população
O efeito sobre a sociedade e a economia depende da duração do shutdown. Estão previstos:
- Atrasos na emissão de documentos;
- Licenças e atendimento em agências federais;
- Suspensão de inspeções de alimentos;
- Transporte e meio ambiente;
- Além de turismo afetado pelo fechamento de parques nacionais, museus e zoológicos — como a Estátua da Liberdade e o National Mall.
Aeroportos podem enfrentar filas maiores e atrasos em voos por falta de funcionários. O prejuízo econômico inclui impacto no PIB, em empresas que dependem de contratos federais e no adiamento da divulgação de dados oficiais.
Para encerrar a paralisação, o Congresso precisa aprovar um novo orçamento ou uma medida temporária que restabeleça os recursos, com sanção presidencial. O último shutdown ocorreu entre 22 de dezembro de 2018 e 25 de janeiro de 2019, durante o governo Trump, e foi o mais longo da história dos Estados Unidos, afetando centenas de milhares de servidores e gerando prejuízos bilionários para a economia americana.