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Casamento da discórdia em Jaguariúna

As imagens que se espalham pelas redes sociais dão a primeira impressão num primeiro momento que se trata de um de filme de gângsters da década de 30. Al Capone e seus comparsas numa comemoração nos becos de Nova York.

Não! Definitivamente, não!

Foi bem mais perto de nós…

Essas são cenas da vida real, de certo, do casamento mais polêmico que se tem notícia na Região Metropolitana de Campinas, para ser exato, Jaguariúna. O noivo é um vereador e GM da cidade, Silvio Teles de Menezes, conhecido como Menezes do Canil. A fantasia até que está boa, o que chamou mesmo a atenção foi o armamento usado pelo noivo, e pelos convidados, muitos integrantes da Corporação, inclusive o próprio chefe da Guarda. Eles ostentam fuzis e pistolas semi-automáticas. O retrato de um cão que aparece no alto de uma espécie de “altar”, também causou indignação.

O comandante da Guarda Municipal, Araújo Mendes, confirmou que as armas usadas na cerimônia eram réplicas, e que foi utilizada uma viatura oficial para transportar a. noiva. Ele ressaltou que o evento não prejudicou o trabalho da corporação, pois era um evento particular fora do expediente. “Menezes pagou todas as taxas, assim como qualquer cidadão, para usar o local.

Já o Presidente do Conselho Nacional das Guardas Municipais, Carlos Alexandre Braga, afirmou que não podia determinar pelas imagens se as armas eram réplicas ou reais, mas destacou que o uso de armas reais em cerimônias de casamento não é permitido pelas leis vigentes. “Há uniformes específicos para casamentos, que são desarmados”, explicou. Braga também ressaltou que as Guardas Municipais possuem um plano de uniformes para cada ocasião. Em São Paulo, por exemplo, o uniforme oficial é uma túnica branca.

Em nota, a Câmara Municipal informou que ainda não recebeu nenhuma denúncia envolvendo o vereador Menezes do Canil. Além disso, ressaltou que a Constituição Federal permite que servidores eleitos como vereadores acumulem cargos e salários, desde que haja compatibilidade de horários.

O vereador alegou, em nota, que as armas eram réplicas e que a escolha das vestimentas dos personagens de Peaky Blinders foi feita por conta das frases motivacionais utilizadas por eles. “A série representa uma gangue mafiosa, mas no Brasil, a representação deles é utilizada como um movimento de incentivo à coisas boas, pois até onde existem mafiosos é possível encontrar um lado social positivo”, afirmou.

Silvio ainda disse enxergar as acusações como um ataque político com a tentativa de criar uma “narrativa contrária a ele”. O vereador também publicou uma retratação nas redes sociais referente a foto da cadela na parede. “Pandora” que morreu era como um membro da família, e assim quis prestar uma homenagem sem ofender ninguém

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