A Polícia Civil continua investigando o desaparecimento de um policial militar, em Guarujá. Uma denúncia anônima recebida nesta terça-feira (16/04) apontava um possível paradeiro do corpo de Luca Romano Angerami, de 21 anos na Vila Baiana, na Enseada. Um corpo foi localizado e, após análises, foi constatado que ele não pertencia ao policial desaparecido.
No entanto, os policiais encontraram mais dois corpos no local: um “cemitério clandestino” em plena Enseada. Nenhum deles pertence a Luca Romano, segundo a polícia. As buscas continuam nesta quarta-feira (17/04) inclusive em outras comunidades do Guarujá.
O caso
Luca Romano Angerami, de 21 anos, foi visto a última vez junto com um amigo em uma adega no último sábado (13/04). Segundo a Polícia Civil, o veículo dele foi encontrado aberto, com as chaves no porta-malas e sem o estepe por policiais militares rodoviários no domingo (14/04), na Rodovia Cônego Domênico Rangoni.
Segundo um suspeito, que confessou ter participado do sequestro do PM, Luca foi rendido, baleado no Guarujá e levado no próprio carro até um rio em São Vicente. Ele relatou ainda que o agente foi morto após os criminosos descobrirem que ele era policial militar. A arma e a carteira do soldado foram levadas.
Porém, de acordo com a Polícia, essa versão deixou algumas dúvidas, o carro do PM não indicava nenhuma mancha de sangue ou tiros, e o celular foi localizado em uma comunidade de Santos, onde, conforme o que se sabe, nem Luca e nem o suspeito estiveram.
O PM trabalha no terceiro batalhão da Polícia Militar em São Paulo e estava no Guarujá de folga. Ele é quadrigêmeo, um dos irmãos também é policial e o pai investigador. O desaparecimento ocorre duas semanas depois do fim da terceira fase da operação verão, desencadeada após a morte de um policial em Santos, no dia 2 de fevereiro deste ano.