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Cotidiano

Campinas confirma mais três mortes por dengue e total chega a 11 em 2024

Saúde reforça orientações sobre assistência para redes pública e particular de saúde, e importância da hidratação para pacientes. Novos óbitos são de pessoas de 10 a 84 anos

Saúde reforça orientações sobre assistência para redes pública e particular de saúde, e importância da hidratação para pacientes. Novos óbitos são de pessoas de 10 a 84 anos

A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou na tarde desta quinta-feira, 18 de abril, mais três mortes por dengue na cidade este ano. Com isso, o total chega a 11 em 2024.

A Pasta lamenta as mortes e se solidariza com as famílias. Além disso, reforça o alerta para que a população mantenha cuidados para prevenir e eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, e colabore com ações da Prefeitura contra a doença.

As novas vítimas são:

  • Sexo masculino, 43 anos, atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Pedro Aquino. Ele não tinha comorbidade, apresentou sintomas em 13 de março e o óbito ocorreu em 17 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
  • Sexo feminino, 84 anos, atendida na rede privada de saúde e moradora da área de abrangência do CS Santos Dumont. Ela tinha comorbidades, apresentou sintomas em 7 de março e o óbito ocorreu em 12 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
  • Sexo feminino, 10 anos, atendida na rede pública e saúde e moradora da área de abrangência do CS Fernanda. Ela tinha comorbidades, apresentou sintomas em 1º de abril e o óbito ocorreu em 5 de abril. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.

Reforço em treinamento

Nesta semana, profissionais do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) gravaram um videocast direcionado às redes pública e privada de saúde para destacar o perfil dos óbitos. O objetivo é reforçar as orientações sobre assistência, incluindo fluxos, acolhimento, classificação de risco e tratamento, considerando-se a individualidade do paciente.

Participaram a diretora do Devisa, Andrea von Zuben, os médicos Rodrigo Angerami e Elda Motta, e a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Daiane Morato.

Orientações sobre assistência e alerta para idosos

A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.

A médica Elda Motta reforçou a importância da hidratação e da avaliação médica, principalmente para idosos, gestantes, crianças e pessoas que tenham comorbidades. “A dengue é uma doença que faz a pessoa desidratar mesmo quando não tem perdas aparentes, como vômito e diarreia, por isso, a pessoa precisa se hidratar, beber soro de reidratação oral e água para evitar complicações e procurar por atendimento médico para orientações. É importante que o paciente passe por avaliação clínica, tenha a pressão arterial medida e siga as recomendações recebidas. Lembrar que o volume de líquido que deve beber é grande, por volta de 60 ml por quilo de peso, e que alguns sinais de desidratação não são valorizados como apatia, irritabilidade, perda de apetite e perda de vontade de ingerir líquidos”, explicou.

Outros óbitos neste ano

  • Sexo feminino, 39 anos, atendida na rede pública e moradora da área de abrangência do Centro de Saúde (CS) União de Bairros. Ela tinha comorbidades, apresentou sintomas em 24 de fevereiro e o óbito ocorreu em 2 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
  • Sexo feminino, 91 anos, atendida na rede privada de outro município e moradora da área de abrangência do CS Santo Antônio. Ela tinha comorbidades, apresentou sintomas em 24 de janeiro e o óbito foi em 30 de janeiro. O sorotipo não foi identificado no exame.
  • Sexo masculino, 63 anos, atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Vista Alegre. Ele tinha comorbidades, apresentou sintomas em 8 de março e o óbito foi em 13 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.
  • ⁠Sexo feminino, 89 anos, atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Sousas. Ela teve sintomas em 10 de março e o óbito ocorreu em 14 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.
  • Sexo masculino, 72 anos, atendido na rede pública e morador da área de abrangência do Centro de Saúde União dos Bairros. Ele tinha comorbidades, apresentou sintomas em 27 de fevereiro e o óbito ocorreu em 3 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
  • Sexo masculino, 94 anos, atendido na rede privada e morador da região de abrangência do Centro de Saúde Integração. Ele tinha comorbidades, apresentou sintomas em 10 de fevereiro e o óbito ocorreu em 15 de fevereiro. O sorotipo não foi identificado no exame.
  • Sexo feminino, 86 anos, atendida na rede privada e moradora da região de abrangência do Centro de Saúde DIC III. Ela tinha comorbidades, apresentou sintomas em 11 de fevereiro e o óbito foi em 15 de fevereiro. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
  • Sexo feminino, 94 anos, atendida na rede privada e moradora da região de abrangência do Centro de Saúde Eulina. Ela tinha comorbidades, apresentou sintomas em 30 de janeiro e o óbito foi em 12 de fevereiro. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.

Estatísticas e emergência

De 1 de janeiro até quarta, 17 de abril, Campinas teve 55.176 casos confirmados e 11 mortes. A cidade está em epidemia, declarou situação de emergência em 7 de março, e a Saúde já divulgou um alerta sobre a transmissão da doença em todas as regiões da cidade.

A melhor forma de prevenção contra o Aedes é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.

O que já foi feito

Desde dezembro de 2023 a Secretaria de Saúde já colocou em prática uma série de medidas consideradas adicionais, sobre o planejamento regular de prevenção e combate à dengue, que inclusive começaram a ser copiadas por outros municípios diante do contexto do aumento de casos da doença. O plano inclui Sala de Situação para análise sistemática, reorganização da rede municipal de saúde e novo site para divulgar informações.

A Prefeitura realizou neste ano 11 mutirões, incluindo um regional, onde visitou pelo menos 45,9 mil imóveis para orientar a população e retirar criadouros do mosquito. Contudo, em cada ação, quase metade dos espaços é achada inacessível pelos agentes por estarem fechados, desocupados ou em virtude de impedimento dos moradores.

A Administração passou a usar a estratégia de utilização de drones para localizar grandes criadouros do Aedes aegypti como piscinas e caixas d’água em imóveis identificados como desocupados ou em situação de abandono. Com isso, chaveiros podem ser acionados e esta medida está respaldada em decisão judicial de 2020, proferida nos autos do processo judicial n.º 1005810-97.2014.8.26.0114, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas.

Outra novidade é o uso de inteligência artificial para ampliar o monitoramento e assistência em saúde aos pacientes com dengue. Toda pessoa diagnosticada ou com suspeita da doença, após atendimento no SUS Municipal, recebe via WhatsApp mensagem disparada pelo chatbot que auxilia a Pasta a acompanhar as condições do paciente. Caso necessário, é feita nova orientação sobre busca por atendimento.

A Prefeitura criou ainda o Grupo de Resposta Unificada (GRU), que envolve todas as áreas com objetivo de agilizar respostas e fiscalizações para denúncias que tratam de criadouros.

Comitê de prevenção

A Prefeitura conta com um comitê de prevenção e controle de arboviroses desde 2015, que em 2023 passou a se chamar Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses. Ele reúne 14 secretarias: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos, Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti, Setec e Sanasa. No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, com isso, são desencadeadas as ações intersetoriais e apoio para as ações da Secretaria de Saúde. Mais informações estão no site:

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