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Brasil

Equipe de Campinas resgata pets no 1º dia de missão humanitária em Canoas (RS)

No momento, servidores estão em área em que não é possível sobrevoo por drones, objetivo da missão, e estão apoiando ações de salvamento

A equipe da Prefeitura de Campinas em missão humanitária em Canoas (RS) auxilia no resgate de pessoas e de animais domésticos e apoia a assistência social nesta segunda-feira, 13 de maio. Os servidores trabalharão na operação de drones para ajudar na identificação do dimensionamento do desastre. No momento, estão em uma área em que ainda não é possível fazer o sobrevoo com o equipamento e dão apoio em ações de salvamento.

Os servidores viajaram no sábado, dia 11, de manhã, e chegaram a Canoas na tarde de domingo, dia 12. Na ação, Campinas representa a força-tarefa do governo do Estado de São Paulo. Participam da missão humanitária os agentes Gabriel Botelho Assis Benatti e Tânio Rodrigues Alves, da Defesa Civil, e o técnico em Mobilidade Urbana da Emdec, Marcelo Tortorelli. Benatti e Tortelli são operadores de drone e Alves é agente da Defesa Civil que já atuou em outras missões humanitárias.

O dispositivo empregado na ação será o DJIM30T, o “super drone” da Emdec. O equipamento recebeu esse apelido devido à sua ampla capacidade de geração de imagens, incluindo a possibilidade de voos em dias chuvosos ou com ventos de até 80 km/h. O modelo possui duas câmeras, sensores para evitar obstáculos, entre outras funcionalidades, e foi adquirido pela Emdec em dezembro de 2023.

Os profissionais são especializados e têm experiência com a operação de drone, que deve seguir regras específicas no que concerne ao espaço aéreo e à segurança das pessoas. Os trabalhos serão coordenados com a Defesa Civil de Canoas, que solicitou o apoio por meio da Prefeitura Municipal, além das forças armadas.

Canoas é um dos municípios mais atingidos pelas enchentes que causaram estragos na maior parte do estado. Na cidade, mais de 180 mil pessoas foram afetadas pelo desastre, praticamente metade da cidade foi atingida. “A situação é emblemática, choveu mais e a temperatura baixou. Vai demorar um bom tempo para restabelecer a normalidade. Toda ajuda está sendo importante”, ressaltou o coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado.

“Faz parte da estratégia de Campinas como uma cidade resiliente auxiliar outros municípios em situações de desastre. Além disso, essa atuação é uma experiência importante para os nossos servidores”, destacou Furtado. Se houver necessidade de estender a missão, que inicialmente está prevista para os próximos 8 dias, serão montadas outras equipes para revezamento.

O primeiro dia da missão humanitária:

Tânio Rodrigues Alves conta que a equipe fez uma viagem tranquila até chegar em Canoas. O grupo viajou de viatura 4×4, fez uma parada em Curitiba para repouso e seguiu até Canoas. Na manhã de hoje, 13, fizeram contato com a Defesa Civil de Canoas.

Ele conta que a situação encontrada é muito complicada. “A Defesa Civil de Canoas nos direcionou para dar apoio ao bairro Rio Branco. É um bairro que está totalmente alagado e que a água chega a atingir três metros de altura”.

Os agentes estão em uma área localizada entre dois aeroportos – Canoas e Porto Alegre – e não conseguem operar o drone, por enquanto. As ações com o equipamento serão realizadas em outros bairros.

Somente na manhã de hoje (13), o grupo campineiro ajudou no resgate de quatro pessoas e quatro cachorros. Algumas pessoas estavam aguardando a água baixar na área mais alta da casa, mas acabaram desistindo e aceitando deixar o imóvel.

“Os animais que estão nos telhados das residências estão desnutridos e fracos. Após serem recolhidos, são encaminhadas para as tendas do serviço de proteção animal, onde têm atenção veterinária, são medicados, recebem soro, depois são encaminhados para outros abrigos com mais recursos”, relatou.

Além de auxiliar nos resgates dos pets, a equipe também está dando suporte à assistência social que está levando água, alimentação às famílias que moram em sobrados e não querem deixar suas casas. Eles também levam ração para os animais domésticos que estão na residência dessas famílias. “Metade da cidade está debaixo d’água. São mais de 100 mil pessoas desabrigadas e 50 mil desalojadas. Qualquer espaço como escolas, igrejas e associações que têm condições receberam essas famílias”, contou Tânio.

Apoio:

Agentes de Defesa Civil de diversas localidades brasileiras estão dando apoio à cidade, inclusive de municípios paulistas como Guarulhos e Americana. Alves, que atuou na missão humanitária no Litoral Norte paulista, no início de 2023, destacou também as diferenças entre os dois desastres. “No Litoral Norte houve deslizamentos de terra. Foi muito rápido. Aqui houve uma inundação. Os agentes da Defesa Civil de Canoas nos contaram que emitiram alertas e passaram avisando que a água ia subir, mas infelizmente muitas pessoas não acreditaram”, disse.

O servidor de Campinas também narrou a dificuldade e o medo das equipes que estão realizando os resgates e entrega de alimentação nas áreas alagadas. “Tem hora que dá um pouco de medo, ficamos imaginando a profundidade da água. Os barcos trafegam sobre a fiação elétrica, engolida pela água. Há muito lixo, madeira, paletes e outros materiais que estão flutuando na água. Temos que ter muito cuidado”, descreveu.

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