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São Paulo já gastou R$ 15,4 bilhões em obras paradas ou paralisadas

Ao todo, 734 obras públicas se encontram atrasadas ou paralisadas

Segundo levantamento realizado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), no primeiro trimestre de 2024, Estado e 644 municípios paulistas (exceto a Capital) somam, juntos, o montante de R$ 31,23 bilhões investidos em 734 obras públicas que se encontram atrasadas ou paralisadas. O total que já foi gasto com esses empreendimentos, previstos para serem entregues entre 2009 e 2025, alcança o montante de R$ 15.464.708.776,38.

As obras estão distribuídas em 288 municípios – no interior, litoral e região metropolitana -, incluindo a cidade de São Paulo, que abriga 67 empreendimentos custeados pelo Governo do Estado em obras de transporte em ferrovias e rodovias, como linhas do Metrô e CPTM, em trechos Norte do Rodoanel, sob administração do DERSA, e na área de Educação e Saúde, sob responsabilidade da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).

Painel de Obras
Segundo a ferramenta ‘Painel de Obras do TCESP’, entre janeiro e março deste ano, foram detectadas 262 obras, cujos contratos iniciais somam R$ 11.781.544.099,12, com problemas de cronograma e se encontram atrasadas. Em valores pagos, entre 2014 e 2024, já foram desembolsados R$ 9.440.268.103,24 com o custeio desses empreendimentos. Os dados estão disponíveis no link https://paineldeobras.tce.sp.gov.br.

O empreendimento mais caro da lista, ao montante de R$ 10.598.943.127, sob responsabilidade do Governo do Estado, diz respeito a contrato firmado pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) com a empresa Siemens Mobility, para readequações e ampliação do sistema de suprimento de energia de tração das Linhas 11 – Coral E 12 – Safira da CPTM. A obra deveria ter sido entregue em agosto de 2015. 

O estudo, que traz informações colhidas durante o primeiro trimestre de 2024, mostra que 472 empreendimentos se encontram paralisados. Dentre esses, o mais antigo, paralisado em 1 de julho de 2010, trata da construção de 187 moradias do Projeto Morar Bem II, em Ferraz de Vasconcelos, ao valor contratado de R$ 3.946.212,89. O empreendimento era para ter sido entregue em 13 de novembro de 2009.

Com mais de 10 anos de atraso na entrega, prevista ser concluída em 7 de fevereiro de 2014, a obra para prestação de serviços de engenharia para a Linha 5-Lilás, contratada ao valor inicial de R$ 191.663.760,85 pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) com a Alstom Consortium, é a mais atrasada da lista. O valor gasto com a obra já superou a ordem de R$ 363.129.091,54 – quase o dobro do valor ajustado.

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