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Esportes

Celtics e Mavericks começam a decidir a NBA nesta quinta (6); Por que essa final é histórica?

A NBA, maior liga de basquete do planeta, chegou ao momento decisivo da temporada 23/24. O Boston Celtics, time de melhor retrospecto da temporada regular, venceu a Conferência Leste com tranquilidade, mas agora não deve ter vida fácil. 

A maior dificuldade para o time de verde virá por conta do adversário, o Dallas Mavericks, que apesar de ter feito uma campanha de altos e baixos, no momento chave da competição mostrou o benefício de ter uma das melhores duplas de armadores da história (se não for a melhor), Luka Doncic e Kyrie Irving.

Celtics precisam provar que estão prontos para mais um título 

Os Celtics chegam na final com leve favoritismo, pois para muitos possuem o melhor elenco da NBA e ainda terão o retorno de Kristaps Porzingis, que junto com Jrue Holiday, é apontado como grande diferencial para que aquele “time do quase” das últimas temporadas se tornasse o grande postulante ao título.

Apesar das bolsas de apostas mostrarem uma pequena tendência para o título celta, as estrelas Jayson Tatum e Jaylen Brown precisam apresentar a frieza dos campeões e, como já fizeram em outras partidas nesses playoffs, decidirem os jogos apertados para Boston.

Porém, mesmo com essa pequena desconfiança, o time de Joe Mazzulla possui mais recursos, tendo oito excelentes gatilhos da linha dos três pontos, algo importantíssimo no basquete atual, além de uma dupla de marcadores do perímetro mais forte do que qualquer uma que Dallas enfrentou nesses playoffs.

O Dallas Mavericks tem ingredientes suficientes para surpreender

Do outro lado, ninguém esperava o Dallas Mavericks como representante do Oeste na final da NBA. Apesar disso, eles entram na decisão em ótimas condições de levarem o troféu, pois Luka Doncic e Kyrie Irving resolveram demonstrar todo o potencial no momento mais importante da temporada.

Os Mavs não eram favoritos diante do Los Angeles Clippers, das estrelas Kawhi Leonard, James Harden e Paul George, tampouco contra o time de melhor campanha da conferência, o Oklahoma City Thunder, e menos ainda no confronto perante o Minnesota Timberwolves, pois os lobos destronaram o time mais forte da liga até então, o Denver Nuggets do MVP Nikola Jokic.

Entretanto, com Luka Doncic imparável sendo o melhor jogador dos playoffs até aqui, a ajuda de Kyrie Irving na divisão das jogadas e um elenco de apoio muito guerreiro e trabalhador, com destaque para Derrick Jones Jr., PJ Washington e Dereck Lively, a equipe texana superou todas as dificuldades e chega pronta para destronar mais um favorito.

O que torna essa final inesquecível?

Alguns fatores colaboram para que possamos afirmar que essa final é inesquecível. O primeiro deles é porque esta será a primeira vez que a NBA terá seis campeões diferentes em seis anos na sua história, independentemente do vencedor, já que os últimos cinco campeões foram Denver Nuggets, Golden State Warriors, Milwaukee Bucks, Los Angeles Lakers e Toronto Raptors.

A única vez que em cinco anos a liga teve cinco campeões diferentes foi no período de 1976 a 1980, quando Boston Celtics, Portland Trail Blazers, Washington Bullets, Seattle SuperSonics e Los Angeles Lakers conquistaram a NBA respectivamente. Nesta época, os Celtics quebraram a escrita levando o troféu em 1981.

Além disso, existe o fator maior franquia de todos os tempos. Atualmente, Celtics e Lakers possuem 17 títulos em sua história e dividem o posto de maiores campeões, mas se Boston vencer, assume a liderança isolada, potencializando o orgulho celta. 

Desde 2017, um time de melhor campanha da temporada regular não conquista o troféu Larry O’Brien. Naquela ocasião, o Golden State Warriors de Stephen Curry, Kevin Durant e Klay Thompson passou por cima de todos os adversários. Mas, após isso, uma espécie de maldição pairou sobre as equipes que mais venceram jogos nas competições seguintes.

Não são só os Celtics que tornam essa final épica. Luka Doncic, em caso de título, será o único jogador na história a ser protagonista e campeão da NBA e da Euroliga. Se não bastasse, caso o “Tesouro” leve o troféu, marcará o início de sua trajetória vencedora na maior liga de basquete do mundo, como o primeiro ato de uma carreira que tem tudo para entrar para a história.

Outro marco importante para os Mavericks é o significado deste título liderado por Luka Doncic. Na única vez que o troféu Larry O’Brien foi parar em Dallas, o time foi conduzido por Dirk Nowitzki, europeu meio desengonçado e extremamente técnico, que era azarão na decisão contra o Miami Heat de LeBron James, algo que pode tornar a história atual bem parecida.

Outro fator importante é a animosidade entre equipes e jogadores. Kyrie Irving saiu brigado dos Celtics e, principalmente com a cidade de Boston, a qual ele acusou de racista. Em uma partida inesquecível, Irving pisou no símbolo do ex-time no TD Garden, o que revoltou os torcedores e tornou o “Uncle Drew” bastante odiado por aquelas bandas. 

Já do outro lado, Kristaps Porzingis atuava pelo Dallas Mavericks, porém, foi ejetado de lá por não se dar bem com Luka Doncic, indo para o Washington Wizards e, posteriormente o Boston Celtics, onde possivelmente vive seu melhor momento na carreira. Ambos tem uma motivação extra para dar o sangue por esse título.

O que deve acontecer nesta final?

Por tudo o que já foi colocado, a final da NBA deste ano é imperdível e será inesquecível, independente do resultado. A tendência é que tenhamos muitos seis ou sete jogos entre eles para conhecermos o campeão. 

Do lado dos Celtics, tradição, elenco forte e basquetebol moderno, vivendo e morrendo pela bola de três pontos, é a premissa do que deve permear as partidas.

Já pelos Mavericks, a capacidade individual de suas estrelas, a transpiração dos coadjuvantes e o peso menor nas costas são os ingredientes do sucesso.

O que vai acontecer é impossível saber, mas dá para ter a certeza que os jogos serão épicos, alguns com emoção até o final e muito comentário pré e pós jogos de todos que são apaixonados pelo esporte da bola laranja. 

Fundador da Playmaker Brasil, apaixonado por esportes desde que se conhece como gente. Possui quase 10 mil resenhas esportivas, coberturas de eventos da NBA, UFC, NFL, futebol e sente-se privilegiado por poder trabalhar com essa paixão.
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