Foto usada na matéria: Reprodução/Agência Brasil
É gol da Alemanha! Todos os brasileiros se lembram daquela trágica tarde do dia 8 de julho de 2014. A Seleção Brasileira, comandada pelo técnico Felipão, chegava à semifinal da Copa do Mundo em casa. O futebol mostrado não era encantador: Neymar havia se machucado nas quartas de final contra a Colômbia, mas a torcida acreditava no peso da amarelinha para chegar à final do Mundial.
A história deste filme virou gíria popular “7 x 1”. O Brasil sofreu a pior derrota da história, Thomas Muller, Klose, Toni Kross (2), Khedira e Schurrle (2) marcaram os gols da Alemanha em pleno estádio do Mineirão, lotado.
Depois do vexame, muitos se perguntaram qual seria o futuro da Seleção Brasileira? Se o “7 x 1” realmente mudaria algo no nosso futebol? Uma década depois, ainda não temos uma resposta clara, a única certeza é que o País do Futebol continua decepcionando o torcedor.
Os primeiros anos depois da goleada
Depois da Copa do Mundo de 2014, a Seleção Brasileira anunciou a volta do técnico Dunga, a promessa de volta ao protagonismo caiu rapidamente. Na Copa América de 2015, o Brasil foi eliminado nos pênaltis para o Paraguai, nas quartas de final. No ano seguinte, a Conmebol decidiu organizar a Copa América Centenário e o vexame foi ainda pior, a Seleção saiu na fase de grupos, após perder para o Peru pelo placar de 1 x 0.
Era Tite
Fora da zona de classificação para a Copa do Mundo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) demitiu o técnico Dunga no ano de 2016 e contratou Tite que deu uma nova cara para o Brasil.
A Seleção voltou a jogar bem e passou por cima dos adversários nas Eliminatórias, chegando como uma das favoritas para a Copa do Mundo de 2018, disputada na Rússia. Só que no Mundial, o time ficou devendo e saiu nas quartas de final contra a Bélgica, um país sem tanta tradição no futebol, mas com uma ótima geração de jogadores, como Hazard, Lukaku, De Bruyne e Courtois.
No ciclo seguinte, o mesmo roteiro, o Brasil passou com tranquilidade pelas Eliminatórias, sem nenhuma derrota e ainda conquistou a Copa América, em 2019. Já na edição, disputada em 2021, perdeu para a Argentina na final.
A equipe comandada pelo técnico Tite chegava para a Copa do Mundo de 2022, que foi disputada no Catar, com um favoriistismo ainda maior que na Rússia. No entanto, mais uma vez, o Brasil decepcionou, saindo novamente nas quartas de final, para a Croácia nos pênaltis. Por ser um time inferior ao Brasil, a crítica da torcida foi forte contra o técnico Tite e os jogadores.
Pós-Copa
Os últimos anos foram de muito sofrimento para o torcedor brasileiro, Em 2014, poucos acreditariam que a Seleção pudesse tomar 4 gols de Senegal e perdesse para Marrocos, foi exatamente o que aconteceu em 2023, durante o período em que Ramon Menezes foi técnico interino.
Depois veio Fernando Diniz e derrotas nas Eliminatórias para Uruguai, Colômbia e Argentina, além do empate contra a Venezuela.
Mas, os resultados não abalaram muito a CBF que aguardava o técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti para assumir o comando do Brasil, em junho de 2024, mesmo sem o treinador confirmar o acerto.
Após a renovação de Ancelotti com o Real Madrid, a CBF resolveu contratar Dorival Júnior que surpreendeu na estreia, com a vitória diante da Inglaterra.
Porém, na Copa América, o Brasil voltou a mostrar um futebol fraco, e foi eliminado para o Uruguai nos pênaltis nas quartas de final, foram três empates e apenas uma vitória na competição, é sinal que algo não anda bem. A Seleção está em 6º lugar nas Eliminatórias para a Copa do Mundo e o sonho do hexa fica cada vez mais distante para 2026.