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Justiça arquiva investigação contra “Rei do Camarote” em Atibaia

Empresário Alexander Augusto ficou conhecido há quase 11 anos pelos "dez mandamentos da noitada", quando dizia gastar até R$ 50 mil por balada

A Justiça arquivou por falta de provas o inquérito policial que investigava o empresário Alexander Augusto de Almeida por suposta lavagem de dinheiro e ocultação de bens pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de São Paulo. A decisão foi tomada na última quinta-feira (25/07) pela juíza da 1ª Vara Criminal de Atibaia, seguindo recomendação do Ministério Público. 

Alexander ficou conhecido na internet como o “Rei do Camarote” há quase 11 anos, numa época em que nem se falava em “memes”, mas a internet já estava infestada deles.

A polícia chegou a Alexander Augusto em 2022 depois de ter cumprido mandados de busca e apreensão por suspeita de lavagem de dinheiro contra outro empresário, o Antônio Vinicius Gritzbach, que foi acusado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) como mandante de dois homicídios, os quais o processo ainda corre pela Justiça e ele pode ir a júri popular.

A defesa de Gritzbach entrou com recurso para tentar evitar o julgamento e aguarda decisão do tribunal. Ele nega ter relação com os homicídios desde o início das investigações

O inquérito contra Alexander começou após o cumprimento de um dos mandados de busca e apreensão contra Antônio Vinicius, que é empresário do ramo imobiliário. A polícia encontrou documentos relacionados a imóveis e a um condomínio de galpões em Atibaia, adquiridos por Alexander durante a pandemia de Covid-19.

No relatório final da investigação sobre lavagem de dinheiro, a polícia descreveu que: “embora tenham constatado o relativo baixo valor do metro quadrado construído no empreendimento, não se obteve êxito em comprovar a origem ilícita dos atos, negociações ou fluxos dos capitais investigados. Do mesmo modo, esgotadas as diligências pertinentes, também não foi possível vincular o referido empreendimento e a referida obra à eventual prática de crime antecedente, condição esta necessária à caracterização de delito de lavagem ou ocultação de capitais.”

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A defesa de Alexander sempre alegou que os recursos do cliente têm origem lícita.

O Ministério Público analisou a apuração da polícia e entendeu que era o caso de arquivamento. A juíza da 1ª Vara Criminal de Atibaia concordou com o MP.

“Agregando valor” na época

Em 2013, Alexander ganhou fama depois de aparecer em uma reportagem da revista “Veja São Paulo” em que falava sobre os “Dez mandamentos” da noitada, dizendo que gastava até R$ 50 mil por balada. No vídeo, ele aparecia com garrafas de champanhe ao som da trilha sonora “traz a bebida que pisca”.

Na época o vídeo viralizou e, com mais de três minutos de entrevista com o empresário, várias frases viraram meme, como “agrega valor ao camarote”, “eu já transei com mulher na balada”, “questão de statis”, entre outros.

A entrevista de Alexander, inclusive com várias versões, ainda pode ser encontrada na internet.

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