A cidade de Amparo vem se destacando com a rapidez em realizar cirurgias eletivas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e diminuindo as filas através de mutirões e boa estrutura na Secretaria de Saúde do município.
O que define uma cirurgia de urgência e cirurgia eletiva é o quadro do paciente, como explica o secretário de Saúde de Amparo Gilberto Ferreira. “A cirurgia eletiva é quando os pacientes precisam das cirurgias, mas podem aguardar em casa. Já a cirurgia de urgência, o paciente está dentro do hospital internado e precisa fazer essa cirurgia com urgência porque corre o risco de vida maior”, descreve.
Após a pandemia do Covid-19, muitas pessoas desenvolveram problemas e precisaram fazer cirurgias, aumentando a fila. “As cirurgias eletivas são de responsabilidade do estado, mas o estado de São Paulo não consegue fazer. No ano passado, o estado fez mais de 500 mil cururgias, mas mesmo assim não dá conta. Os municípios precisam buscar meios de fazer essas cirurgias” disse o secretário.
Amparo fez mais de 1.560 cirurgias de catarata com recurso de emenda. Foram 102 cirurgias de ortopedia em um mutirão que ainda está sendo finalizado. O secretário da pasta explica que no próximo mês serão feitas cirurgias pediátricas que é uma outra demanda. “A cidade não tem acesso junto ao governo do estado para inserir esses pacientes que estão aguardando”, diz.
A meta da Secretaria de Saúde é zerar a fila dos pacientes do SUS em Amparo. Em março deste ano, começaram as cirurgias gerais como ginecologia e obstetrícia, laqueadura, miomas e hérnia. Em maio, começou o mutirão da ortopedia.
Cirurgias na prática
O coordenador do setor na Santa Casa Anna Cintra, Rafael Quintino, também é médico e já realizou diversas cirurgias desde então. O médico fala que realizam o acompanhamento total, desde o início com o tratamento pré-operatório, e, após a cirurgia, é iniciada a fisioterapia.
Dois pacientes tiveram artrose e foram operados pelo ortopedista Rafael Quintino. Eles se surpreenderam com a estrutura médica, desde o pré-operatório até o pós-operatório. O pedreiro Edson Luiz Garcia comenta sobre a importância do mutirão.
“A hora que me ligaram acho que foi a melhor ligação que recebi na minha vida, dizendo que iriam chamar e fazer a cirurgia. Eu não esperava que fosse tão rápido. Se não fosse por esse mutirão que o prefeito fez, vai saber quando eu seria operado”, disse o paciente.
Já o caminhoneiro Adilson Aparecido disse que tinha medo. “O pré-operatório foi tranquilo e o pós-operatório está sendo muito bom. Estou satisfeito. A perna que foi feita a cirurgia não sinto dor”, comentou.