A Terra registrou mais um recorde de calor. Dados do observatório europeu Copernicus, divulgados nesta sexta-feira (6), mostram que agosto teve uma temperatura média superficial de 16,82ºC, número 0,71ºC acima da média de 1991-2020 e 1,64ºC acima da média pré-industrial (1850-1900). Os valores empatam com agosto de 2023.
Com a marca, o mundo volta à sequência de calor extrema – quebrada apenas por julho. Desde junho do ano passado, o planeta registrou temperaturas recordes, sobretudo devido ao avanço da crise climática. O El Niño também influenciou o aumento das temperaturas globais, já que o fenômeno meteorológico atingiu seu pico no início deste ano.
Isso vem fazendo com que os meses atinjam temperaturas médias globais iguais ou superiores a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais (1850-1900). O cenário é de alerta, uma vez que o aquecimento acima desse marco deve provocar consequências extremas para o meio ambiente e a humanidade, como queimadas, secas e chuvas torrenciais.
Outra consequência é o derretimento em maior velocidade das geleiras, fazendo com que o nível do mar suba constantemente por centenas de anos. Segundo cientistas, isso pode fazer com que cidades costeiras como Santa Mônica, na Califórnia, e Rio de Janeiro, no Brasil, fiquem completamente submersas, desaparecendo do mapa.
“Até o momento, 2024 tem sido suficientemente quente para que seja bem possível que o ano inteiro seja mais quente do que 2023”, disse o Copernicus. “No entanto, o calor excepcional dos últimos quatro meses de 2023 torna muito cedo para prever com confiança qual ano será o mais quente”, acrescentou o observatório europeu.
*Do SBT News