A Sociedade Campineira de Educação e Instrução (SCEI), mantenedora da Universidade e do Hospital PUC-Campinas confirmou a incorporação da Maternidade de Campinas, que possui uma dívida de R$142 milhões.
O anúncio da incorporação ocorreu no fim da tarde desta terça-feira pela SCEI. Segundo a Maternidade, não houve pagamento da mantenedora da PUC para os ex-gestores do hospital, que é responsável por 67% dos partos realizados no SUS municipal.
Entre os ativos da Maternidade estão imóveis, receitas provenientes dos convênios – tanto saúde suplementar (planos de saúde) quanto SUS, e equipamentos. E o passivo de uma dívida milionária acumulada nas últimas décadas.
A antiga administração da unidade alega que o endividamento foi causado pela defasagem na tabela SUS, já que o valor que a maternidade recebia por cada atendimento não cobria os gastos necessários.
A Maternidade de Campinas conta com 232 leitos, 977 funcionários e 552 médicos. São 750 partos realizados por mês na unidade.
A realização de um parto, por exemplo, custava R$2,5 mil ao hospital e o Ministério da Saúde fazia o repasse de R$443, que eram complementados com R$945 pela Prefeitura de Campinas. Com isso, havia um déficit de R$1.112 por procedimento.
Além disso, 60% dos nascimentos são de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade nasceu em 1913 para oferecer assistência às mulheres em situação de vulnerabilidade social.
Isabela Meletti (Sob supervisão)