“Meu fiho sofreu um assassinato, ele apanhava todos os dias e sofria calado. Só Deus sabe o que eu e minha família estamos passando, sofrendo ameaças”, essas foram as palavras de Julisses Fleming, pai de Carlinhos.
A audiência pública que aconteceu em Praia Grande, foi promovida pela deputada estadual Solange Freitas (União Brasil), a discussão teve como objetivo discutir a investigação e saber quais medidas foram tomadas depois da morte do menino Carlinhos, além do debate sobre bullying nas escolas.
O evento contou com a participação de representantes das Secretarias Estaduais de Educação e de Segurança Pública, da Diretoria Regional de Ensino, do Conselho Tutelar, da Câmara Municipal e da Prefeitura de Praia Grande.
O caso
No dia 9 de abril, Carlos Teixeira, conhecido como Carlinhos, foi agredido no colégio onde estudava, a Escola Estadual Professor Júlio Pardo Couto. Segundo relato do pai do garoto, dois meninos que estudavam na mesma classe de Carlos, no 6º ano do Ensino Fundamental, teriam pulado nas costas dele enquanto ele conversava com outro colega. O pai da vítima ainda afirmou que o filho sofria bullying e que no mesmo dia em que foi agredido passou a ter dores e dificuldade para respirar.
Ainda de acordo com o pai, Carlos foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Praia Grande ao menos três vezes na semana, onde o filho era medicado e, em seguida, liberado. Os sintomas pioraram e ele foi levado então à UPA Central de Santos, onde ele precisou ser internado e entubado. Carlos foi transferido para a Santa Casa de Santos e morreu após três paradas cardiorrespiratórias.
A Prefeitura de Praia Grande lamentou profundamente o fato e a administração municipal se solidarizou com os familiares e amigos do jovem. A prefeitura também solicitou junto à secretaria de Estado uma apuração completa dos fatos, já que a unidade de ensino é estadual. A Polícia Civil investiga o caso.
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