O advogado de Jônatas Gomes Gusmão, preso em Campinas, na última quarta-feira (07/08), enquanto atendia um paciente, alegou que “o cliente não sabia que tinha de concluir o curso”. Segundo Rogério Ciccone de Lima Rosa, o suspeito chegou a fazer dois semestres de odontologia e algumas aulas on-line.
O representante confirmou que Jônatas comprou um diploma, mas disse que ele foi influenciado e enganado por um homem que vendia diplomas falsos e se passava por um funcionário da universidade. Ele informou também que o dentista falso é do estado da Bahia e “não tinha conhecimento sobre como funcionavam essas questões em São Paulo”.
A Estácio informou que o falso dentista não é aluno da instituição e nunca esteve matriculado no curso de odontologia da universidade. Além disso, a instituição afirmou que não imprime mais documentos físicos desde janeiro de 2022, e que os diplomas são emitidos de forma digital.
Jônatas Gomes Gusmão foi preso em flagrante, mas teve a prisão convertida para preventiva após a audiência de custódia, nesta quinta (08/08) e deve responder por exercício ilegal da profissão e posse de documentos falsos, de acordo com a Polícia Civil.
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O caso
O falso dentista foi surpreendido pela equipe do 11º DP enquanto atendia um paciente em uma clínica no bairro Jd. Satélite Íris.
Sandro Jonasson, delegado titular do 11º DP, disse que a equipe investigava a existência de um falso profissional atuando na região e Jônatas chamou atenção por ofertar procedimentos odontológicos muito baratos.
Ainda de acordo com a polícia, o homem chegou a se apresentar como dentista no momento da abordagem, mas depois alegou que estaria concluindo o curso. Na clínica foram localizados diplomas e históricos escolares falsos, o que também configura crime, além do exercício ilegal da profissão.