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Cubatão apresenta estratégia de vacinação para pessoas com HIV

Enfermeira do Programa de Imunização falou sobre a experiência
Reprodução: Prefeitura de Cubatão

A integração de oferta de vacinas ao Serviço de Atendimento às Doenças Transmissíveis (SADT), em Cubatão, fez com que 99 pessoas que vivem com o HIV no município completassem o esquema vacinal desde fevereiro deste ano.

A experiência, transformada no estudo intitulado “Imunização no Serviço de Atendimento às Doenças Transmissíveis: promovendo a equidade”, foi apresentada nesta segunda-feira (18), na II Oficina Nacional ImunizaSUS, realizada em Brasília.

O evento, promovido pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), reúne profissionais até quarta-feira (20) para compartilhar boas práticas e resultados locais.

A apresentação foi conduzida pela enfermeira Vanessa Ingrid de Oliveira, servidora do Programa de Imunização de Cubatão, que destacou os impactos positivos da integração da imunização à rotina do SADT.

Ação inicial

Segundo Vanessa, o projeto teve início com a detecção de baixa adesão à vacinação entre pacientes imunocomprometidos. Em resposta, foi realizada uma ação inicial em fevereiro, envolvendo 29 pacientes que atualizaram suas carteiras de vacinação durante as consultas de rotina.

Nessa primeira etapa, foram aplicadas 74 doses de vacinas, incluindo os imunizantes Haemophilus influenzae tipo B (Hib), HPV, Meningocócica ACWY e Pneumocócica 13 e 23.

A iniciativa aumentou a adesão à imunização, além de fortalecer os vínculos entre a equipe de saúde e os usuários – ponto essencial para manter o acompanhamento contínuo e humanizado.

Além do estigma

Vanessa explicou, ainda, que a vacinação de pessoas com HIV é fundamental, pois o vírus compromete o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções e doenças.

“A imunização dessas pessoas previne infecções oportunistas e contribui para a manutenção da saúde,” afirma a enfermeira, especialista em Saúde Pública pela Universidade São Camilo.

Além das dificuldades logísticas, o projeto também enfrenta um desafio social: o estigma e a discriminação relacionados ao HIV, que frequentemente afastam os pacientes dos serviços de saúde e dificultam a adesão às campanhas de vacinação.

Apesar disso, segundo a Prefeitura de Cubatão, o projeto busca facilitar o acesso e combate barreiras invisíveis que limitam o cuidado integral, ao integrar as vacinas à rotina do SADT.

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