Campinas ficou em terceiro lugar na classificação geral, e em primeiro entre as cidades com mais de um milhão de habitantes
O levamento foi divulgado pelo Instituto Trata Brasil (ITB), em parceria com GO Associados, publica a 16ª edição do Ranking do Saneamento com o foco nos 100 municípios mais populosos do Brasil. Para produzir o ranqueamento, foram levados em consideração indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano-base de 2022, publicado pelo Ministério das Cidades.
Desde 2009, o Instituto Trata Brasil monitora os indicadores dos maiores municípios brasileiros com base na população, com o objetivo de dar luz a um problema histórico vivido no país. A falta de acesso à água potável impacta quase 32 milhões de pessoas e cerca de 90 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de esgoto, refletindo em problemas na saúde para a população que diariamente sofre, hospitalizada por doenças de veiculação hídrica.
O que impressiona é que a cidade pulou da décima oitava para a terceira posição graças a um trabalho de excelência, e um investimento na ordem de 861 milhões de reais.
Imagine um lago com 611 bilhões de litros de água, difícil né? Pra ajudar vamos a outra comparação: Um total de 244 mil piscinas olímpicas, uma do lado da outra, é água que não acaba mais, pois então foi essa quantidade, quase inacreditável de água que a Sanasa, empresa de economia mista que cuida da coleta, tratamento e distribuição de água de Campinas economizou ao longo dos últimos 30 anos. Um extenso programa de redução de perdas garantiu a qualidade da vazão dos rios Atibaia e Capivari mesmo nos períodos mais críticos da crise hídrica.
A cidade comemora a substituição de 300 quilômetros de redes e até o final do ano a meta é atingir 450 quilômetros. As tubulações carcomidas pelo tempo estão sendo trocadas por tubos de polietileno de alta densidade que duram mais de 50 anos. Cada vez que o consumidor se deparar com uma obra, deve enxergar ali um passo a mais para a preservação do meio ambiente. Hoje a cidade de Campinas tem o menor percentual do perda de água do país. A maioria das cidade brasileiras trabalha com 40% de perda, ou seja, de cada um litro de água tratada, 400ml são jogados fora. A Sanasa já conseguiu reduzir esse percentual para apenas 20%, e o objetivo, é zerar essa conta.
A alta de 18 posições no ranking do Trata Brasil em apenas um ano é resultado do plano de investimentos da Sanasa iniciado em 2021 e que vai até 2030. Isso inclui a troca de 450 quilômetros de redes de água, a construção de 20 novos reservatórios de água tratada, a transformação da Estação de Tratamento de Esgoto Anhumas em Estação Produtora de Água de Reúso, entre outras iniciativas.
O presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães Junior, destaca que atingir a universalização no serviço de saneamento, como mostra o ranking, não esgota o trabalho no setor. Segundo ele, o trabalho vai continuar para atender o crescimento da cidade, lembrando que a universalização do saneamento em Campinas ocorre dez anos antes do previsto pelo Novo Marco Legal do Saneamento.