A musicista brasileira Kira Salim, de 34 anos, está entre as vítimas fatais do atropelamento que deixou 11 mortos durante o festival de rua “Lapu Lapu Day”, em Vancouver, no Canadá, na madrugada deste domingo (27), pelo horário de Brasília. De identidade de gênero não-binária, Kira vivia no Canadá com o marido havia quase três anos.
O Itamaraty confirmou o falecimento e informou que presta atendimento consular à família da vítima. No Brasil, parentes de Kira também confirmaram sua morte. Natural do Rio de Janeiro, com família no Rio Grande do Sul, a artista formou-se em Licenciatura em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) em 2014.

Marido aguarda contato oficial
De acordo com familiares e divulgado pelo Estadão, o marido de Kira não estava presente no momento do ataque e aguarda orientações das autoridades locais para acelerar os trâmites do sepultamento. Kira trabalhava em uma escola na cidade de New Westminster, a cerca de 26 quilômetros do centro de Vancouver.
A polícia canadense informou à imprensa que a identificação oficial das vítimas ocorre de forma lenta, mas deve ser concluída nas próximas horas.
Festival celebrava resistência indígena
O festival “Lapu Lapu Day” homenageia Datu Lapu-Lapu, chefe indígena filipino que enfrentou os colonizadores espanhóis no século 16. Segundo os organizadores, o evento celebra “a alma da resistência nativa” e o papel de Lapu-Lapu na formação da identidade filipina.
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Em nota, o Ministério das Relações Exteriores manifestou “profunda tristeza e consternação” pelo ocorrido, expressando condolências às famílias das vítimas e solidariedade ao povo canadense. Além do governo brasileiro, outras autoridades mundiais se solidarizaram com as vítimas do atropelamento em Vancouver.
Live video exposed!:A car hit the crowd at the Vancouver Music Festival, leaving many people lying on the ground. pic.twitter.com/SqJ2aZKL87
— RFW Media (@rfwmedia) April 27, 2025