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UFC 300 – A expectativa para o maior evento de MMA da história

O Ultimate Fighting Championship, mais conhecido como UFC, foi criado pelo brasileiro Rorion Gracie, faixa preta de jiu-jítsu, que queria provar a efetividade da sua arte marcial perante as outras, e o empresário americano Art Davie, responsável por transformar a ideia de Rorion em um negócio com patrocinadores e transmissão de TV, em 1993.

A ideia foi bem sucedida, porém, teve seus momentos de baixa e os fundadores, em 2001, resolveram vender o negócio para os irmãos Frank e Lorenzo Fertitta, que com Dana White como presidente, formaram a Zuffa e transformaram o UFC em uma marca consolidada e bastante lucrativa, sendo posteriormente, negociada com o grupo Endeavor por mais de 4 bilhões de dólares.

Todo esse império foi formado pela reunião dos principais artistas marciais do mundo e muito investimento em mídia e, assim, a companhia segue crescendo mundialmente. Um evento que antigamente era dominado por americanos, brasileiros e alguns asiáticos e europeus, hoje globalizou, com lutadores de todos os continentes fazendo parte da companhia, tendo atualmente campeões de oito nacionalidades diferentes.

Desde 1993, o UFC já realizou 685 eventos, sendo 299 deles numerados (eventos com maior apelo e disputas de cinturões). Quando a promoção planejou o 100º ‘card’ numerado, tratou o evento como especial, colocando lutadores como Mark Coleman, Stephan Bonnar, Dan Henderson, Michael Bisping, Georges St-Pierre, Frank Mir e o recordista de Pay-per-views da época, Brock Lesnar. Isso, sem contar com um jovem chamado Jon Jones, que fez o quarto combate da noite.

O UFC 100, ocorrido em Las Vegas, em 11 de julho de 2009, arrecadou mais de cinco milhões de dólares. Só de Pay-per-view, o evento arrecadou 1.6 milhão de dólares, sendo o recordista da história até o UFC 202. Isso fez o Ultimate olhar de forma diferente para esses eventos com números especiais, o que desde então gerou uma expectativa para saber o que a promoção faria na edição 200.

Para a edição 200, o UFC planejou dois duelos muito esperado para a época, ‘Conor McGregor vs Nate Diaz’ e ‘Jon Jones vs Daniel Cormier’, que com certeza fariam o evento bater todos os recordes. Entretanto, Diaz logo ficou impossibilitado de lutar e o substituto, Rafael dos Anjos, quebrou o pé, deixando McGregor sem adversário. Se não bastasse, os problemas de ‘Bones’ em testes anti-drogas falharam, não permitindo que a luta valendo o cinturão meio-pesado acontecesse.

Com isso, Anderson Silva enfrentou DC, porém, a diferença de peso, ritmo e momento na carreira foi determinante em favor do americano. Além dos dois nomes bombásticos, tivemos no card Amanda Nunes, Miesha Tate, o retorno de Brock Lesnar, José Aldo, Frankie Edgar, Cain Velasquez, Johny Hendricks e TJ Dillashaw, isso só para citar ex-campeões.

Com todo o ‘Hype’ envolvido, mesmo sem as lutas entre McGregor e Diaz e Jones contra Cormier, o UFC 200 faturou 10.7 milhões de dólares, quebrando o recorde de arrecadação de eventos de MMA na história. O público de 18.202, na T-Mobile Arena, foi o maior do estado de Nevada, a bolsa de quase 7 milhões para os atletas e a de 2.5 milhões para Brock Lesnar, foram as maiores de todos os tempos.


O UFC 300

O sucesso das duas edições citadas, gerou uma enorme expectativa para como seria o UFC 300, porém, assim como na edição 200, os principais nomes da companhia, Jon Jones, Israel Adesanya e Conor McGregor, estavam impossibilitados de lutar, deixando como luta principal a disputa do título dos meio-pesados entre o campeão Alex Pereira e o antigo dono do cinturão, Jamahal Hill.

O duelo principal não conta com dois lutadores midiáticos, porém, tecnicamente, pode ser espetacular, já que ambos são ótimos na luta em pé e muito agressivos. Só que o evento chama atenção pelo restante do ‘card’. Para começar, todas as 13 lutas teriam potencial para ser o evento principal de pelo menos um ‘Fight Night’ do UFC, além disso, nunca foram reunidos tantos campeões e ex-campeões numa mesma edição, com 12 lutadores que tem ou já tiveram o prazer de ostentar um cinturão da maior promoção de artes marciais mistas do mundo.

Só este fator, já traz uma premissa muito interessante em relação ao impacto esportivo que esse evento trará para a companhia, já que nunca uma edição teve tantos atletas ranqueados se enfrentando, o que vai mexer bastante nos rankings do UFC, determinando uma parte do futuro da promoção.

As três lutas por cinturão, geram grande expectativa, já que a principal reúne dois campeões, a disputa do peso-palha feminino, entre Zhang Weili e Yan Xiaonan, será a primeira luta valendo cinturão entre duas atletas asiáticas, e a que vale o título BMF (algo como o carão mais casca-grossa do UFC) colocará frente a frente dois dos mais talentosos lutadores da história da companhia, Justin Gaethje e Max Holloway, sendo candidatíssima ao combate da noite.

Entretanto, além desses três confrontos, muitos outros chamam a atenção. Para o público brasileiro, a volta de Charles Oliveira, enfrentando o ótimo Arman Tsarukyan, é uma luta importantíssima, já que ‘Do Bronx’ dará o último passo para lutar pelo título novamente. Além de Charles, o Brasil será representado pelo peso-pena em ascensão, Diego Lopes, Renato Moicano, Deiveson Figueiredo, num duelo entre ex-campeões contra Cody Garbrandt, e o choque entre as brasileiras Jéssica Andrade e Marina Rodriguez.

Outros combates que merecem uma atenção especial, são o duelo entre o ex-campeão meio-pesado, Jiri Prochazka, e Aleksandar Rakic, que pede passagem na categoria, o primeiro compromisso de Aljamain Sterling no peso-pena, enfrentando o habilidoso Calvin Kattar, e a estreia da gigante Kayla Harrison em embate contra a ex-campeã Holy Holm.

Tudo isso, somado ao show que o UFC costuma fazer, traz um grau de expectativa enorme para a noite de 13 de abril, na T-Mobile Arena, em Las Vegas, pois trata-se de mais um momento inesquecível para o mundo do esporte e do entretenimento em geral, gerado pela companhia bilionária liderada por Dana White. A previsão é de recordes sendo batidos.

Confira todas as lutas do evento

Card Principal
Alex Pereira (c) vs. Jamahal Hill                
Zhang Weili (c) vs. Yan Xiaonan                
Justin Gaethje (c)    vs. Max Holloway                
Charles Oliveira vs. Arman Tsarukyan                
Bo Nickal vs. Cody Brundage                
Card Preliminar
Jiří Procházka vs. Aleksandar Rakić                
Calvin Kattar    vs. Aljamain Sterling                
Holly Holm vs. Kayla Harrison                
Sodiq Yusuff    vs. Diego Lopes                
Jalin Turner vs. Renato Moicano                
Jéssica Andrade vs. Marina Rodriguez                
Bobby Green    vs. Jim Miller                
Deiveson Figueiredo vs. Cody Garbrandt    

Autor

  • Rafael Lima

    Fundador da Playmaker Brasil, apaixonado por esportes desde que se conhece como gente. Possui quase 10 mil resenhas esportivas, coberturas de eventos da NBA, UFC, NFL, futebol e sente-se privilegiado por poder trabalhar com essa paixão.

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