De olho na dengue, o Centro de Controle de Zoonoses e Vetor de Santos (CCZV) realizará, na quarta-feira (16), o 21° Mutirão de Combate ao Aedes aegypti de 2025 no Gonzaga, a partir das 9h. De acordo com a Administração Municipal, foram escalados 70 agentes de combate a endemias, que estarão devidamente uniformizados com colete verde e crachá, e vão se encontrar na Praça das Bandeiras. A ação no bairro será dividida em duas etapas, com a segunda marcada para o dia 23 de abril.
A primeira parte do mutirão contra a dengue no Gonzaga, em Santos, vai cobrir a área formada pelas avenidas Ana Costa, Francisco Glicério, Washington Luís e Vicente de Carvalho. A empresa Terra Santos atuará, em parceria com a Secretaria de Saúde, disponibilizando uma equipe de 25 agentes e um caminhão para a retirada de materiais inservíveis, que têm potencial para gerar criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana.
A equipe de Informação, Educação e Comunicação (IEC) participará do mutirão no Gonzaga com uma barraca educativa e um estande na Praça das Bandeiras. Na terça-feira (15), um dia antes do mutirão, o IEC montará um estande na Petrobrás para conscientizar os funcionários, das 11h às 15h.
Drones auxiliarão equipes
O agente aéreo do CCZV entrou em ação novamente na última sexta-feira (11), ajudando na vistoria de um imóvel abandonado na Rua General Câmara. A demanda veio através da Ouvidoria e os agentes constataram lixo acumulado, entulho e até mesmo um pneu, que acumula água facilmente.
As imagens capturadas vão servir como provas para a emissão de uma intimação ao responsável pelo imóvel, exigindo providências para evitar a proliferação do mosquito. Caso as medidas não sejam tomadas, o proprietário poderá ser multado.
Lembrando que o equipamento pode ser acionado tanto por solicitações da população, via Ouvidoria do Município (telefone 162), quanto por iniciativa dos próprios agentes de combate a endemias, quando percebem a necessidade durante as inspeções.
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Santos já eliminou mais de mil focos
Os 20 mutirões realizados no ano de 2025 em Santos já eliminaram 1.076 focos com larvas de mosquito. A Cidade registra 702 casos de dengue e 8 de chikungunya neste ano. Em 1.510 imóveis, a entrada dos agentes foi recusada.
As fêmeas do mosquito Aedes aegypti depositam ovos em locais de água parada. Esses ovos necessitam de água e calor para eclodir. Assim, surgem as larvas, que mais tarde se transformam em pupa e, por fim, em mosquito.
Somente as fêmeas se alimentam de sangue humano, necessário inclusive para a maturação de seus ovos antes de serem depositados. Porém, se essa fêmea tiver picado uma pessoa infectada por dengue ou chikungunya, ela se torna transmissora dos vírus ao sugar o sangue de outros indivíduos.
A vacina contra a dengue segue disponível nas policlínicas para crianças e jovens de 10 a 14 anos. Para completar o esquema vacinal, são necessárias duas doses, com intervalo de três meses entre elas.