10 de abril de 2015. Chegava ao fim um dos incêndios mais longos da história do Brasil, o mais longo da história da Baixada Santista no século XXI. Dez anos depois, a Baixada Santista ainda se recorda do incidente que parou a Região.
O que foi o incêndio da Ultracargo?
O fogo começou por volta de 10h de 10 de abril de 2015, uma quinta-feira, e atingiu tanques de combustíveis localizados em uma área que pertencia à Ultracargo.
Uma série de explosões rapidamente gerou uma onda de destruição e criou uma coluna altíssima de fumaça preta que era vista de diversos pontos de cidades como Santos, Guarujá, São Vicente e Cubatão.
Dias após o início das chamas, que perduraram por nove dias, o Ministério Público Federal se manifestou a respeito e afirmou que o fogo foi ocasionado por um erro operacional nas tubulações de sucção e descarga, que operavam fechadas, causando a explosão de uma válvula.
Explosões não deixaram feridos
As chamas foram rapidamente presenciadas por funcionários que estavam na área e todos evacuaram o local em questão de poucos minutos.
Com apoio do Corpo de Bombeiros de toda a Região e até mesmo fornecimento de equipamentos de fora do País, as equipes se revezaram durante nove dias para tentar conter as chamas e impedir novas explosões.
O MPF destacou ainda que o material despejado no estuário do Porto de Santos chegou a matar nove toneladas de mais de 140 espécies de peixes.
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Uma entrevista coletiva foi convocada na Prefeitura de Santos no dia 10 de abril para anunciar o fim do combate ao incêndio.
Foram usados mais de 8 bilhões de litros de água, retirada do mar, para combater o fogo ao longo dos nove dias. Mais de 100 profissionais e 20 viaturas foram utilizadas ao longo de toda a operação.
E depois?
Três anos após a ocorrência, o Ministério Público Federal denunciou a empresa Terminal Químico de Aratu S/A, que se trata de uma subsidiária da Ultracargo, pela poluição do mar, do ar e do solo causada pelo incêndio.
De acordo com a Cetesb, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, o incêndio foi o maior do gênero já registrado no Brasil.
