A Defesa Civil de Bragança Paulista flagrou um homem ateando fogo em uma área de vegetação no bairro Santa Luzia, na tarde desta terça-feira (17). O foco de incêndio se alastrou rapidamente e gerou fumaça densa. Segundo a Secretaria de Comunicação Social da prefeitura, a fumaça chegou a prejudicar o tráfego na Rodovia Alkindar Monteiro Junqueira e atingiu a região de uma escola próxima. O suspeito foi conduzido à delegacia e admitiu ter iniciado o fogo com a intenção de limpar o terreno.
Segundo o boletim de ocorrência, a equipe da Defesa Civil realizava uma ronda preventiva por volta das 15h quando avistou colunas de fumaça em uma propriedade. Ao se aproximarem, flagraram o homem em flagrante com o fogo já propagado na vegetação seca. Questionado, ele alegou que tentava fazer a limpeza do local e perdeu o controle das chamas.
A ação foi contida com apoio da Guarda Civil Municipal, que conduziu o homem à delegacia de polícia. O caso foi registrado e está agora sob análise da Polícia Civil.

Avanço de infrações ambientais além de Bragança
A ocorrência em Bragança soma-se a um contexto mais amplo de pressão ambiental na região de Campinas, onde já foram registrados mais de 17 mil autos de infração ambiental entre 2017 e 2025 — o que representa aproximadamente 10% das denúncias em todo o estado de São Paulo.
De acordo com dados da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade do Estado, os principais crimes ambientais na região administrativa de Campinas, composta por cerca de 90 municípios, envolvem a flora e a fauna. Foram 7.498 infrações contra a vegetação e 5.399 contra animais. Os registros mais frequentes envolvem intervenções em áreas de preservação permanente, destruição de objetos especiais de proteção ambiental e manutenção de animais silvestres em cativeiro.
As estatísticas integram o sistema SIPAIGeo Público, que contabilizou, em todo o estado, mais de 177 mil autos de infração ambiental no mesmo período. A maioria das denúncias se refere a ações contra a flora, a fauna e a pesca — reflexo das práticas corriqueiras de degradação e de um modelo de ocupação que segue avançando de forma, muitas vezes, arbitrária e inconsequente.