O Estado de São Paulo confirmou 32 casos de febre amarela no interior, litoral e metrópoles entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano, resultando em 20 mortes. A maior parte dos óbitos ocorreu em fevereiro, com 11 registros. Os números, divulgados nesta quarta-feira (19) pela Secretaria Estadual da Saúde, superam os dados de 2023, quando houve apenas duas confirmações e um óbito.
Este é o maior índice de infecções desde 2018, quando 502 casos autóctones foram registrados, resultando em 175 mortes. Os casos recentes de febre amarela foram identificados no interior em cidades das regiões de Bauru, Campinas, Piracicaba e São José dos Campos. Dois pacientes contraíram o vírus durante viagens a Minas Gerais, e em outros dois casos o local de infecção ainda está em investigação.
Segundo o boletim divulgado, em janeiro de 2025 ambas as cidades de Joanópolis e Bragança Paulista, no interior de São Paulo, registraram um óbito cada. Valinhos, Socorro e Tuiutí também registram óbitos por febre amarela.
Aumento nos casos e vacinação
O boletim também revelou que 81% dos infectados não estavam vacinados. A febre amarela pode ser prevenida por meio de imunização gratuita pelo SUS, disponível em todo o estado. Desde 2017, o Brasil segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), adotando esquema de dose única para proteção vitalícia.
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Além das infecções em humanos, 47 macacos tiveram a presença do vírus confirmada desde dezembro. A maioria foi encontrada nas regiões de Ribeirão Preto e Campinas, com registros também em Barretos e na Grande São Paulo. Embora não transmitam a doença, esses animais são importantes indicadores da circulação do vírus e suas mortes devem ser comunicadas às autoridades de saúde.