O Sistema Anchieta-Imigrantes, que permite acesso ao litoral paulista, passará por ampliação. Nesta sexta-feira (10), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou a construção da terceira pista da Imigrantes, que ligará o Planalto à Baixada Santista. A obra incluirá o maior túnel rodoviário do Brasil, com 6 km de extensão.
A nova pista, com 21,5 quilômetros, será composta por túneis e viadutos e contará com acostamento reversível, o que aumentará a capacidade do sistema em 25% e dobrará o acesso de caminhões ao Porto de Santos.
Segundo o secretário estadual de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, a obra é uma resposta ao crescimento do fluxo na rodovia. “Estamos resolvendo gargalos históricos de mobilidade entre a Baixada e o Planalto. Esse é um planejamento de longo prazo, essencial para o desenvolvimento da região”, afirmou.
O projeto
O traçado começa no km 43 da Rodovia dos Imigrantes (SP-160), conectando-se ao Rodoanel Mário Covas (SP-021), e termina no km 265 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-055), próximo ao Polo Industrial de Cubatão. O trecho terá uma inclinação média de 4%, favorecendo o tráfego de veículos pesados.
A estrutura contará com túneis paralelos de emergência e poderá operar no sentido Capital em situações específicas. “A segurança é prioridade. Essa pista será um diferencial na mobilidade regional, com menos impacto ambiental e mais eficiência”, reforçou o governador.
A construção também usará estradas de serviço existentes, buscando minimizar danos ambientais.
Investimento robusto
A autorização para o projeto foi concedida em janeiro de 2024 pela Secretaria de Parcerias em Investimentos. Estudos de tráfego, sondagens e análises geológicas estão em andamento.
O impacto da ampliação será significativo para o Porto de Santos, o maior do país. “Com a terceira pista, o transporte de cargas ganha mais fluidez, contribuindo para o crescimento do porto e da economia regional”, destacou Tarcísio. A obra também promete fortalecer o turismo na Baixada Santista.
A previsão é que o aumento da capacidade do sistema impulsione o desenvolvimento econômico do estado.