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Palmeiras e Flamengo: duas filosofias, uma final de Libertadores que promete história

Palmeiras e Flamengo: duas filosofias, uma final de Libertadores que promete história

A Copa Libertadores da América reservou uma final digna dos últimos anos dourados do futebol brasileiro. De um lado, o Palmeiras, cirúrgico, dominante e com um elenco que parece jogar no piloto automático, mas sempre na quinta marcha.

Do outro, o Flamengo, que vive uma fase de reconstrução emocional e tática, aprendendo a vencer com menos brilho e mais inteligência. O duelo é a tradução perfeita de como duas escolas diferentes podem chegar ao mesmo destino.

Na noite de ontem, o Palmeiras voltou a mostrar por que se tornou um sinônimo de eficiência no continente. Sob o comando de Abel Ferreira, o time venceu com autoridade, confirmando o favoritismo e deixando a sensação de que o projeto alviverde atingiu um grau de maturidade impressionante. É um time que não apenas vence, ele impõe.

O Palmeiras atual joga com a confiança de quem conhece cada metro do campo, cada movimento ensaiado, cada reação esperada do adversário. A intensidade de marcação, a velocidade na transição e a precisão no último terço transformaram o grupo em uma engrenagem quase imune ao improviso.

Enquanto o Palmeiras passeava taticamente, o Flamengo viveu uma noite de tensão e superação. O empate fora de casa foi suficiente para garantir a vaga, mas o caminho até a final não foi simples. O rubro-negro, agora sob o comando de Filipe Luís, mostra uma faceta menos dependente de estrelas e mais comprometida com o coletivo.

É um Flamengo que entendeu que nem sempre o espetáculo é o melhor atalho para o sucesso. Contra um adversário argentino pressionando o tempo todo, o time soube sofrer, soube respirar e, principalmente, soube decidir. O placar magro virou sinônimo de maturidade.

Dois técnicos, dois estilos

O contraste entre os dois técnicos ajuda a explicar o que veremos na final. Abel Ferreira representa a experiência e a obsessão pela perfeição. Exige intensidade máxima, disciplina tática e obediência ao plano de jogo, ainda que isso custe a ousadia individual. Sua mentalidade é quase militar: cada partida é uma missão, cada erro é uma lição.

Já Filipe Luís traz o frescor de quem ainda traduz a vivência de campo em linguagem de treinador. O ex-lateral entende o vestiário como poucos, e tenta equilibrar a cobrança com a leveza. Sua filosofia prioriza o controle emocional, a posse de bola inteligente e o aproveitamento dos momentos certos para acelerar.

Palmeiras e Flamengo: duas filosofias, uma final de Libertadores que promete história
Abel Braga, técnico do Palmeiras e Filipe Luís, técnico do Flamengo -Fotos: Cesar Greco/Palmeiras – Gilvan de Souza/Flamengo

Em campo, a diferença se traduz em estilos: o Palmeiras ataca com ferocidade, pressiona alto e tenta resolver rápido. O Flamengo prefere o jogo pensado, o toque que irrita o adversário, a paciência de quem sabe que o gol pode vir aos 10 ou aos 90 minutos. É o embate entre a verticalidade alviverde e o cadenciamento rubro-negro, entre a equipe que quer atropelar e a que quer dominar pelo tempo.

Palmeiras e Flamengo: duas filosofias, uma final de Libertadores que promete história
Raphael Veiga comemorando seu gol contra a equipe da Liga Desportiva Universitaria (LDU) – Foto: Cesar Greco/Palmeiras

O Palmeiras chega à final com o selo de favorito. A campanha impecável na Libertadores reforça a sensação de que Abel construiu um time pronto para qualquer cenário. Mesmo nas adversidades, como os jogos em altitude, o elenco manteve o padrão e a confiança.

Já o Flamengo, que sofreu mais para se classificar, carrega o peso da tradição e o orgulho de um elenco que aprendeu a ser menos previsível. Se antes o time dependia de lampejos individuais, hoje o Flamengo parece confortável em vencer “feio”, desde que avance.

Palmeiras e Flamengo: duas filosofias, uma final de Libertadores que promete história
Flamengo festejou o 0 a 0 contra o Racing com gosto de vitória – Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

O duelo tático deve ser fascinante!

Abel vai buscar intensidade desde o apito inicial, tentando empurrar o Flamengo para o próprio campo e forçar erros na saída de bola.

Filipe Luís, por outro lado, sabe que o ponto fraco do Palmeiras é justamente a ansiedade de decidir cedo, e deve armar uma equipe pronta para resistir e explorar os espaços deixados.

Se o jogo caminhar para o equilíbrio, a decisão pode vir de uma bola parada, de um erro individual ou de uma substituição precisa.

No papel, o favoritismo é paulista. Na mística, é carioca.

  • O Palmeiras tem o projeto mais sólido do continente.
  • O Flamengo, a camisa que pesa nas decisões.

E no meio dessa batalha de filosofias, há um detalhe que nenhum dado técnico explica: a Libertadores sempre escolhe seus heróis de maneira imprevisível.

A final promete mais do que um título, promete um capítulo de contraste e evolução. Será o encontro do time que já domina o continente com aquele que quer provar que pode renascer no mesmo palco.

Um jogo de estilos, de nervos e de história. Um jogo em que Abel Ferreira e Filipe Luís, separados por gerações, buscarão o mesmo objetivo: entrar para o seleto grupo dos que transformaram o futebol sul-americano em arte, com ou sem espetáculo.

Serviço

A final da Libertadores, entre Palmeiras e Flamengo, no dia 29 de novembro, será transmitida ao vivo na TV Globo, ESPN e e Disney+.

Serviço:

  • Data: 29 de novembro
  • Horário: 17h
  • Local: Estádio Monumental de Lima, no Peru
  • Premiação do campeão: US$ 24 milhões (R$ 136 milhões)
  • Premiação do vice-campeão: US$ 7 milhões (R$ 39,7 milhões)


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Autor

  • Gaby de Saboya

    Jornalista com mais de 20 anos de experiência diante das câmeras. Repórter do SBT, já atuou como apresentadora, comentarista e narradora. Trabalhou na VTV SBT, RedeTV!, TV Escola, TV Câmara, Band TV, Canal Brasil e fez parte do primeiro grupo de mulheres narradoras e comentaristas dos canais Fox Sports. Participou da cobertura de grandes eventos como Copa do Mundo, Olimpíadas, Jornada Mundial da Juventude e Carnavais do RJ, SP e Santos.

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