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Dólar recua frente ao real após intervenção do Banco Central

Expectativa com a posse de Donald Trump que não planeja impor novas tarifas de importação em seu primeiro dia no cargo

Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (20), o dólar à vista operava em queda frente ao real, refletindo a realização de dois leilões de linha pelo Banco Central do Brasil e a repercussão de uma reportagem indicando que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, não planeja impor novas tarifas de importação em seu primeiro dia no cargo.

Cotação do dólar hoje

Às 11h27, o dólar à vista registrava queda de 0,31%, negociado a R$ 6,047 na compra e na venda. Na B3, o dólar para fevereiro, contrato mais líquido do momento, recuava 0,24%, sendo cotado a 6.072 pontos.

Na última sexta-feira (17), a moeda norte-americana encerrou o dia com leve alta de 0,16%, cotada a R$ 6,065. No entanto, acumulou baixa semanal de 0,62%, refletindo o cenário de maior estabilidade no mercado de câmbio.

Dólar turismo:

  • Compra: R$ 6,128
  • Venda: R$ 6,308

Influência de Trump no câmbio global

A posse de Donald Trump como 47º presidente dos EUA trouxe grande expectativa ao mercado, com investidores aguardando as medidas executivas que serão anunciadas por ele ainda nesta segunda-feira. De acordo com o The Wall Street Journal, Trump deve assinar um memorando instruindo investigações sobre déficits comerciais e práticas comerciais desleais, mas não deve impor novas tarifas de importação no primeiro dia do governo.

A ausência de novas tarifas aliviou os mercados, já que tarifas têm potencial inflacionário e poderiam levar o Federal Reserve a manter os juros elevados, o que favoreceria o dólar. Com isso, a moeda americana registrou recuo global após a divulgação da matéria.

O impacto completo das decisões de Trump deve ser observado a partir de terça-feira (21), já que os mercados norte-americanos permanecem fechados nesta segunda devido ao feriado de Martin Luther King Jr.

Atuação do Banco Central brasileiro

Por aqui, o Banco Central realizou dois leilões de linha pela manhã, ofertando um total de 2 bilhões de dólares com compromisso de recompra. Essa foi a primeira intervenção cambial da gestão de Gabriel Galípolo à frente do BC.

Leilão A: Oferta de 1 bilhão de dólares, com recompra prevista para 4 de novembro de 2025.

Leilão B: Oferta de 1 bilhão de dólares, com recompra agendada para 2 de dezembro de 2025.

Além disso, a autarquia anunciou para hoje um leilão de até 20.053 contratos de swap cambial tradicional, destinados à rolagem de vencimentos previstos para 3 de fevereiro de 2025.

Perspectivas para o mercado

Segundo Tiago Feitosa, fundador da T2 Educação, o cenário doméstico está relativamente tranquilo, com a posse de Trump e as intervenções do Banco Central sendo os principais fatores no radar. “Decretos de Trump podem ter impacto no dólar, mas como ele fala bastante, parte já está precificado”, avaliou o especialista.

A combinação de uma intervenção robusta no câmbio e a ausência de novos anúncios tarifários por parte do governo americano tende a manter o dólar sob controle no curto prazo, trazendo alívio ao mercado brasileiro.

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