*Do SBT News
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, foi empossado nesta sexta-feira (10) para um terceiro mandato, apesar das acusações de que houve fraude nas eleições presidenciais de julho de 2024 no país.
Em cerimônia esvaziada de chefes de Estado, com a presença apenas dos presidentes de Cuba e Nicarágua, Maduro fez o juramento de posse perante a Assembleia Nacional, controlada pelo partido governista. O Brasil enviou a embaixadora em Caracas, Gilvânia Maria de Oliveira, para a cerimônia.
Colômbia e México, que também participaram dos esforços fracassados para que Maduro entregasse as atas eleitorais que confirmassem sua vitória, enviaram embaixadores, enquanto Rússia, China e Belarus mandaram representantes políticos ao país. União Europeia, Canadá e Estados Unidos não compareceram à posse de Maduro, uma vez que reconheceram o líder da oposição, Edmundo González, atualmente exilado na Espanha, como presidente eleito.
“Eu não me coloquei como presidente do governo dos Estados Unidos, nem dos governos pró-imperialistas da direita latino-americana. Venho do povo, sou do povo e meu poder emana da história e do povo. E ao povo devo minha vida completa, em corpo e alma”, completou Maduro sob aplausos dos presentes.
Prisão de líder da oposição
A oposição organizou uma manifestação na quinta-feira (9) contra a posse de Maduro, na capital venezuelana, que acabou com a prisão da líder da oposição, María Corina Machado. Ela foi solta horas depois, de acordo com informações de integrantes de grupos de oposição.
Assim, para esta sexta (10), o regime de Maduro aumentou a segurança e ameaçou abater qualquer avião clandestino que sobrevoe a Venezuela. O temor era que González retornasse ao país para tomar posse no lugar de Maduro, assim como prometido pelo opositor.