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Artigo: memórias de uma Escola Municipal Bélgica

Privilégio de passar por aqueles corredores

Foto: Tia Marisa, Edson Soledade, Edmilson e Rodrigo Dias

Estudar na Escola Municipal Bélgica foi uma experiência que deixou marcas profundas em quem teve o privilégio de passar por aqueles corredores e salas de aula. Cada professor, colega e até mesmo as broncas têm um lugar especial nas nossas lembranças.

Naquela época, a palavra “bullying” nem fazia parte do nosso vocabulário. As brincadeiras e zoações eram vistas como parte natural da convivência escolar, sempre cheias de leveza e sem a intenção de machucar ninguém. Apelidos como “cabeção”, “tererê” e tantos outros eram ditos entre risadas e, no final do dia, todos continuavam amigos, jogando bola no pátio ou dividindo o lanche. Era uma zoação saudável, onde ninguém levava tudo tão a sério, e as amizades se fortaleciam mesmo em meio às brincadeiras.

As tias do primário na Bélgica

No início da jornada escolar, tínhamos as famosas “tias” do primário:

Tia Regina, um doce de pessoa, sempre paciente e acolhedora, sabia acalmar até os mais bagunceiros.

Tia Marisa, por outro lado, era rigorosa. Cada tarefa precisava ser entregue no prazo, e não havia espaço para desculpas.

Valdenice, a mais séria das três, com seu olhar firme, conseguia manter a turma inteira em silêncio com apenas uma palavra.

Cada uma, à sua maneira, contribuiu para os primeiros passos na nossa educação.

Professores inesquecíveis

No ensino fundamental, os desafios aumentaram, mas também vieram professores que marcaram nossas vidas:

Professora Ediala: ensinava Português com paixão. Sempre alegre e divertida, fazia brincadeiras, distribuía doces e conseguia fazer até as regras gramaticais mais difíceis parecerem fáceis.

Professor Mário, de Inglês: mesmo vindo de Valença, não perdia uma aula. Colocava a turma inteira para cantar “My Bonnie Lies Over The Ocean” (quem conseguia acertar a letra era quase um herói). Ele também ensinava o famoso verbo “to be” e contava histórias que prendiam a atenção de todos.

Professora Sônia, de História: tinha o dom de ensinar, mas também não hesitava em me dar um “fora” sempre que necessário.

E, claro, não podemos esquecer do Diretor Marivaldo, que era muito rigoroso. Ele não hesitava em dar advertências, expulsar alunos e impor disciplina com pulso firme. E a Dona Carochinha, coordenadora, que parecia estar sempre brigando com alguém — mas, no fundo, todos sabiam que ela se importava com a escola e seus alunos.

Os amigos que marcaram época

Nenhuma memória escolar estaria completa sem os amigos que fizeram parte dessa jornada:

Amanda Tererê: minha confidente. Apesar das brincadeiras que sofríamos, ela sempre esteve lá para ouvir meus desabafos.

Rodrigo Dias, meu melhor amigo, mas também o maior zoeiro. Não perdia a chance de me chamar de “cabeção”.

Aninha: magrinha e doce. Eu tinha certeza de que um dia iria casar com ela.

Milena, sempre gentil e solicita, vivia rindo de tudo.

Stephanie: a mais mentirosa e também a mais inteligente. Era nossa representante de turma e levava o cargo a sério.

Bruninho, o cabeçudo que jogava bola como ninguém.

Rodrigo (Pisca): magro, inteligente e sempre com boas ideias.

Mocochok: feio que só, mas, surpreendentemente, sempre estava acompanhado.

Pet: o mais perturbado da turma, impossível não rir com suas loucuras.

Ozilei, o mais bonito da sala, tinha até fã clube.

Suelen Cristina, inseparável da Aninha.

Patrícia Xavier, que era amiga de todos, sempre com um sorriso no rosto.

Simone: a mais maluca. Jogava bola com os meninos e não levava desaforo para casa.

Andressa, que ficou pouco tempo e logo saiu, mas deixou sua marca.

Vitor Negão: não era nem da nossa turma, afinal, repetiu a 5ª série 15 vezes, mas acabou virando um grande amigo.

Um tempo que deixa saudades

A Escola Municipal Bélgica não foi apenas um lugar onde aprendemos sobre matemática, português e ciências. Foi onde criamos laços, colecionamos histórias engraçadas, enfrentamos desafios e crescemos.

Cada professor, cada colega, cada bronca e cada risada fazem parte de uma fase que jamais voltará, mas que estará sempre guardada no coração de quem viveu aqueles momentos.

Que sorte tivemos de viver essa época!

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