Quatro dias após notificarem a superlotação no Pronto-Socorro (PS) adulto, o Hospital da PUC Campinas apresentou melhora nos números de pacientes internados. No entanto, a quantidade de pessoas internadas ainda ultrapassa o número de leitos disponíveis na unidade. Segundo o hospital, nesta terça-feira (30/07), 49 pacientes estão internados, enquanto a capacidade da unidade é de 20 leitos; 25 dos pacientes estão nos corredores (veja o vídeo).
Em comunicado, a PUC enfatiza que, para garantir e preservar a segurança técnica assistencial e a qualidade do atendimento, a população deve procurar outros serviços de saúde, pois a situação está bastante complicada. As principais demandas são de pacientes com problemas cardiovasculares, neurológicos e respiratórios. A superlotação também é comunicada diariamente aos órgãos públicos competentes e à Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross). A administração informou ainda que está trabalhando em conjunto com a Secretaria de Saúde para o remanejamento dos pacientes menos complexos.
A situação do Hospital das Clínicas da Unicamp não é diferente. Nesta terça-feira (30/07), a unidade informou que 71 pacientes estão internados no pronto-socorro, embora a capacidade seja de 30 leitos.
A Secretária de Saúde de Campinas informou, por meio de nota, que está em tramitação a ampliação de 18 leitos, sendo 14 de enfermaria adulto e quatro de UTI, em dois convênios com a rede privada. Essas estruturas devem estar disponíveis em pelo menos 30 dias. A pasta também destacou que monitora constantemente a ocupação dos leitos na cidade junto à Central de Regulação (CROSS), que faz o acompanhamento das vagas disponíveis e o encaminhamento dos pacientes. Essa ocupação é dinâmica e muda a todo momento.
Problema recorrente
Na última quinta-feira (25/07), o Hospital da PUC Campinas havia notificado uma superlotação no Pronto-Socorro Adulto do Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade informou que possui capacidade para 20 leitos, mas 75 pacientes estavam internados, todos de alta complexidade.
Em maio deste ano, a unidade enfrentou outra superlotação. Na ocasião, a cidade de Campinas vivia uma epidemia de dengue, e a unidade chegou a ter 46 pacientes internados além da capacidade.
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