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Cadela yorkshire é atacada por cães de grande porte em Peruíbe

Cadela pode passar por amputação do membro superior esquerdo

Uma cadela da raça yorkshire, de 12 anos, foi atacada por dois cães de grande porte e ficou com a pata esquerda ferida em Peruíbe. De acordo com os tutores de Mel, ela corre o risco de precisar amputar o membro inteiro. O responsável pelos animais que atacaram a yorkshire afirmou que o ocorrido se tratou de um acidente e que apenas o cachorro da raça american bully mordeu a cadela.

Segundo a tutora de Mel, Viviane Busch, de 53 anos, o caso ocorreu na Rua Edmir José Girotto, no bairro Parque Daville. A cadela estava no quintal, na manhã do último sábado (17), quando os cachorros de um vizinho apareceram.

Câmeras de monitoramento registraram o momento do ataque. Nas imagens é possível ver ainda um terceiro animal, do mesmo dono, mais distante do portão. (veja no vídeo abaixo)

A empresária estava no banheiro quando outra cadela, filha de Mel, correu até ela. Então, a mulher foi até o portão e viu o animal sendo atacado pelos cães do vizinho. O vídeo também mostra Mel chorando enquanto a tutora grita de desespero e um familiar do dono dos cães grandes, vestido de branco, tenta separá-los. Na sequência o tutor, com camiseta preta, aparece.

“Foi terrível. Porque eu não podia puxar a Mel. Ela estava com a patinha para fora do portão e os dois cães pegaram na pata dela. Eu vi os dois pegando na pata dela”, relatou Viviane.

Ela relembrou que, quando o homem finalmente conseguiu interromper o ataque, ela ficou em estado de choque vendo o estado da cadela. “Eu achei que ela ia morrer naquela hora pelo estado em que ela estava. Era muito sangue”, afirmou.

O marido de Viviane chegou em casa e, naquele momento, o tutor dos cães tentou entrar na casa da família para se justificar. De acordo com a empresária, o companheiro mandou o homem embora e, como ele não foi, o marido o expulsou com agressões físicas.

O rapaz teria revidado e batido no parceiro dela, o responsável pelos cães, que preferiu não se identificar, disse que somente apanhou. “Em nenhum momento eu agredi ninguém. Eu fui agredido. Foi uma fatalidade, não foi que eu soltei meu cachorro e falei ‘pega'”, disse o tutor.

A família chamou a Polícia Militar após a separação dos cães, mas, quando os agentes chegaram, o vizinho não saiu para recebê-los. O dono dos cães de grande porte disse que ficou esperando pela corporação, mas, como os policiais não chegaram, deixou o imóvel de bicicleta para ‘dar uma respirada’.

Mel passou por atendimento veterinário em três clínicas, uma delas em Santos, onde foi submetida a uma tomografia. Agora, ela está internada em Peruíbe aguardando uma cirurgia. A tutora afirmou que o pet está muito debilitado e, até o momento, já foram gastos mais de R$ 1.200 em consultas veterinárias.

Logo após o ocorrido o filho de Viviane entrou em contato com o tutor dos cães que atacaram Mel. O homem confirmou que enviou R$ 300 para ajudar no tratamento e que tentou transferir mais, mas o cartão apresentou falha. Ele alegou que a família passou a difamá-lo nas redes sociais e desistiu de prestar mais ajuda financeira.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso foi registrado pela Delegacia de Peruíbe como omissão de cautela na guarda de animais. “As diligências prosseguem para esclarecer os fatos”, afirmou.

O Departamento Municipal de Proteção à Vida Animal, da Prefeitura de Peruíbe, afirmou, também em nota, que equipes do setor foram ao local, mas o tutor dos animais fugiu.

Raça American Bully

Segundo o veterinário Artur Teixeira Pereira, o american bully é originário dos Estados Unidos assim como o pit bull. Ele nasce de um cruzamento de duas raças, sendo o pit bull uma delas. O animal é robusto, musculoso e pode pesar até 50 kg. Apesar da aparência brava, costuma ser dócil e amigável, contanto que não receba nenhum gatilho ou estímulo.

“Por ter uma força muito grande, às vezes ele não tem o discernimento. Consequentemente o animal de pequeno porte sofre mais, tem mais escoriações, mais lesões”, disse ele, que pontuou que a coleira é obrigatória em ambientes públicos para a raça.

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