O Hospital Municipal Dr. Mário Gatti recebeu o Prêmio Hospital Amigo do Transplante, durante o III Encontro das Comissões Intra-Hospitalares de Transplantes do Estado de São Paulo, ocorrido na última semana em São Paulo. É a segunda vez que o Mário Gatti é homenageado por sua atuação no processo de doação de órgãos.
O hospital não realiza transplantes, mas tem uma comissão de captação intra-hospitalar atuante, responsável pela organização dos protocolos assistenciais relacionados a doação de órgãos e tecidos dentro da instituição. A comissão também atua na busca ativa do potencial doador, auxilia na viabilização do diagnóstico de morte encefálica e faz o acolhimento familiar.
Neste ano, quatro pacientes do Mário Gatti tiveram diagnóstico de morte encefálica e a família de três deles concordou em fazer a doação, informou a enfermeira gestora da UTI adulto e integrante da comissão intra-hospitalar, Carla Oliva. A família de um paciente autorizou a doação de rins, ossos e córnea, outra de rins, fígado e córneas e outra de coração, pulmão, fígado e córneas.
Carla explica que a morte encefálica é constatada por meio de dois testes clínicos e um exame complementar (Doppler, por exemplo). Esse exame é feito no Mário Gatti por profissional contratado pela Unicamp, que é uma Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Estado. Constada a morte encefálica do paciente, a família é abordada para autorizar a doação.
Com as autorizações, a Unicamp inicia a busca de pacientes compatíveis para receber os órgãos, dentro de uma fila de espera por transplante, que é unificada e controlada pela Central Nacional de Transplantes e, no Estado de São Paulo, pela Central Estadual de Transplantes do Estado de São Paulo.