O caso de Igor Peretto chocou o litoral de São Paulo e o Brasil. Muitos procuram detalhes sobre a motivação do crime e o laudo oficial, mas não sabem que o processo está sob segredo de Justiça.
O jovem, de 27 anos, foi assassinado no dia 31 de agosto em Praia Grande. Quase dois meses após o homicídio, a investigação ainda continua.
O laudo da morte não pode ser divulgado porque o processo tramita em segredo de Justiça, desde quando foram divulgadas imagens das câmeras do prédio. O pedido de sigilo partiu do Ministério Público após os advogados de defesa reclamarem de vazamentos de dados.
Mario Vitorino, o principal suspeito de ter esfaqueado Igor Peretto, está preso temporariamente.
Rafaela Costa e Marcelly Peretto também estão presas pelo prazo de 30 dias. As prisões dos três foram prorrogadas por duas vezes e vencem no dia 1º de novembro.
A Polícia Civil deve concluir o inquérito da morte de Igor Peretto e divulgar o laudo oficial até esta data. A reportagem da VTV NEWS apurou que houveram muitas perícias e quebras de sigilos telefônicos, o que demanda tempo para a finalização da questão técnica.
A reconstituição do assassinato de Igor Peretto foi realizada no dia 25 de setembro.
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Por que o laudo da morte ainda não foi divulgado?
Apesar da família da vítima ter acesso ao conteúdo restrito às partes e aos profissionais envolvidos no processo.
A recomendação é de que eles não divulguem informações privilegiadas que possam atrapalhar o trabalho da Polícia.
Algumas informações foram compartilhadas no início porque não havia o sigilo.
O que diz o advogado da família de Igor Peretto?
O advogado Felipe Pires de Campos, que representa Rosemary, mãe de Igor Peretto, e o irmão da vítima, Maurício, foi procurado pela reportagem para comentar o caso. Leia a nota completa abaixo.
“O caso, atualmente, tramita em segredo de justiça, de modo que não posso trazer informações ou documentos para não atrapalhar as investigações. O que se tem, é a renovação da prisão temporária por mais trinta dias, a qual terá prazo de validade, salvo engano, no dia 01/11/24. Até essa data, acreditamos que as investigações terminem, para que seja oferecida denúncia pelo Ministério Público. O que se tem, é uma investigação complexa, que demanda análise de inúmeros elementos, perícias, laudos, oitivas de testemunhas e etc, o que ensejou a renovação das prisões para finalização das apurações”, diz o advogado.