Em 1992, o boxeador Adílson “Maguila” Rodrigues foi uma das “vítimas” das Câmeras Escondidas do Topa Tudo Por Dinheiro, no Programa Sílvio Santos. Maguila, morreu, na tarde desta quinta-feira (24), aos 66 anos. O falecimento foi confirmado pela esposa do lutador, Irani Pinheiro.
Na época, a esposa do boxeador, Irani, foi convencida a ser cumplice. Na pegadinha, os atores chegavam na chácara de Maguila, em tratores, ambulâncias e outros veículos. Um falso agente da prefeitura desce de um veículo dizendo que a área teria sido desapropriada pela prefeitura.
O boxeador se depara com a movimentação e barulho na propriedade. As máquinas simulavam que iriam demolir o local para limpar o terreno. Em seguida, pessoas vestidas de árabe aparecem questionando o motivo das ações não terem começado, já que a área iria ser deles.
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A morte de Maguilla
O mundo do boxe se despediu de um de seus maiores ídolos. Maguila, o ex-campeão mundial que encantou o Brasil com sua força e habilidade nos ringues, faleceu nesta quinta-feira 24 aos 66 anos, vítima da Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), mais conhecida como demência pugilística.
A doença neurodegenerativa, causada por repetidos traumas cranianos, acompanhava Maguila desde 2013 e o obrigou a se internar em uma clínica em Itu, no interior de São Paulo, em 2017. O tratamento paliativo visava melhorar sua qualidade de vida, mas a progressão da doença era inevitável.
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Uma carreira vitoriosa
Maguila iniciou sua carreira profissional em 1983 e, em 20 anos de ringue, acumulou um cartel invejável: 77 vitórias, um empate técnico e apenas 7 derrotas, sendo 61 por nocaute. Entre seus principais feitos, estão os títulos de campeão brasileiro, sul-americano, latino-americano, pentacampeão continental, campeão das Américas e, o mais importante, campeão mundial pela Federação Mundial de Boxe (WBF) em 1995.
A demência pugilística
A ETC, caracterizada por declínio cognitivo, alterações de comportamento e sintomas semelhantes à Doença de Parkinson, é uma consequência comum em esportes de contato como o boxe. Os repetidos golpes na cabeça causam danos cerebrais irreversíveis, levando a um quadro de demência progressiva.
O diagnóstico da doença é complexo e pode ser confundido com outras demências, como o Alzheimer. Exames como tomografia por emissão de pósitrons (PET/SCAN) são essenciais para confirmar o diagnóstico. Infelizmente, não há cura para a ETC, e o tratamento se limita à reabilitação, medicação para controlar os sintomas e terapia ocupacional.