O ambulante Fábio Luiz da Silva, de 49 anos, foi sequestrado e morto com 20 facadas enquanto voltava para casa após o trabalho, em Santos, na noite do último domingo (24). A motivação ainda está sendo investigada, conforme a apuração da VTV News.
Para a nossa reportagem, a delegada do 3° Distrito Policial (DP), Liliane Doretto, explicou que os dois homens já tinham um histórico de desentendimentos.
Detalhes do sequestro e morte de homem em Santos
Enquanto caminhava em um local próximo à Avenida Perimetral, por volta das 21h, Fábio foi abordado por dois homens em um carro preto, o ambulante Francinildo Maniçoba dos Santos e seu primo José Felipe Lourenço dos Santos.
Crime premeditado, segundo o relatório policial que a VTV teve acesso com exclusividade, Fábio foi levado à força para dentro do veículo Hyundai/Creta, onde foi golpeado inicialmente. Em seguida, a vítima foi arrastada para cerca de 4 quilômetros do ponto de captura, onde recebeu os últimos golpes até morrer.
O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) confirmou 20 facadas no corpo da vítima, além de marcas de contenção nos punhos, o que levantou a suspeita de que ele teria sido imobilizado por mais de uma pessoa durante o ataque.
As imagens obtidas com exclusividade pela VTV, emissora afiliada do SBT na Baixada Santista, deixam nítida a segunda participação – o primo do autor. Em seguida, os criminosos desovaram o corpo e, ainda assim, o esfaquearam.
Motivações em investigação
A motivação, ainda em investigação, teria sido um comentário homofóbico feito pelo homem morto.
“Na praia, dizem que Francinildo se separou da esposa há pouco tempo e, aparentemente, ele estava tendo relações homoafetivas. No último domingo, Fábio teria feito piada de ‘pessoas que gostam de sair com homens’, e esse foi o estopim”, dizem testemunhas.
Já a defesa dos suspeitos diz que Fábio teria assediado sexualmente a família de Francinildo, especialmente a filha, de 10 anos – versão confirmada pelo autor do crime.
“A ex-esposa dele percebeu que Fábio teria olhado de forma ‘estranha’ para sua filha, algo que interpretou como um olhar ‘lascivo’. O episódio acabou desencadeando a violência fatal”, conta. As duas versões seguem em investigação.
Após o crime
A Polícia Militar (PM) foi acionada após receber a denúncia de que a vítima havia sido sequestrada pelo criminoso, e a prisão de Francinildo, em flagrante, aconteceu rapidamente. Na abordagem, com manchas de sangue em suas roupas, ele confessou a participação no crime.
A faca usada no crime foi encontrada pela polícia com vestígios de sangue, o que ajudou a confirmar a brutalidade do homicídio. O caso foi registrado como homicídio qualificado.
Francinildo indicou José Felipe como coautor do crime, que também está sendo investigado. No momento, no entanto, não haviam evidências da participação – foi liberado e passou a ser investigado. Ontem (27), no entanto, ele teve a prisão preventiva decretada, mas segue foragido e deve prestar depoimento na próxima segunda-feira, 2 de dezembro, segundo a defesa.