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Após 2 casos na região, Campinas reforça alerta de vacinação contra a febre amarela

Casos aconteceram em Águas de Lindoia, com óbito, e em Serra Negra, que evoluiu para cura

A Secretaria de Saúde decidiu reforçar o alerta de vacinação contra a febre amarela, após o governo do Estado de São Paulo confirmar dois casos da doença em moradores da região. O objetivo é sensibilizar principalmente os moradores de bairros com potencial para circulação do vírus e que historicamente foram “rota” para a doença.

A forma da doença que ocorre no Brasil é a febre amarela silvestre, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e o Sabethes, em regiões fora dos centros urbanos. É uma doença grave, que se caracteriza por febre repentina, calafrios, dor de cabeça, náuseas e leva a sangramentos no fígado, no cérebro e nos rins, podendo, em muitos casos, causar a morte.

Casos em 2024

Até esta quarta-feira (08/05), dois casos de febre amarela foram registrados na região de Campinas. O primeiro deles foi em Águas de Lindoia que, no caso, foi o primeiro óbito do ano pela doença em todo o Estado de São Paulo. A vítima é um homem de 50 anos, que iniciou os sintomas em 23/03 e óbito em 29/03. Tem histórico de atividade de corte e extração de madeira na zona rural durante deslocamento para Monte Sião, no Sul de Minas, nos últimos 15 dias antes do início dos sintomas.

O outro caso foi registrado no mês passado em Serra Negra. Um homem de 28 anos, residente na zona rural do município que teve início de sintomas em 02/04, internação em 10/04 e posterior evolução para cura. Não tem histórico de deslocamento para outros municípios nos últimos 15 dias antes do início dos sintomas.

Áreas preocupantes

Em Campinas, historicamente as áreas e adjacências onde foi identificada circulação do vírus estão localizadas nos seguintes centros de saúde (CSs) de referência: Carlos Gomes, Sousas, Joaquim Egídio, Vila Ipê, Paranapanema, Esmeraldina, Taquaral, São Vicente, Centro, Orosimbo Maia, Barão Geraldo e Village. Contudo, outras áreas do município com características ambientais favoráveis à presença dos mosquitos transmissores, como as regiões com presença de matas e florestas, também merecem atenção.

Quando e onde se vacinar?

As doses de vacina contra febre amarela estão disponíveis nos 68 CSs. As salas onde ocorrem a aplicação de imunizantes funcionam conforme horário de cada unidade e detalhes, incluindo endereços e contatos, estão no site.

Quantidade de doses

  • Crianças: 1 dose com 9 meses e 1 dose de reforço aos 4 anos de idade.
  • A partir de 5 anos, adolescentes, adultos e idosos: somente uma dose. Quem não tiver comprovante ou certeza de que já recebeu o imunizante, deve receber nova vacina.

Histórico e presença de macacos

Campinas não registra casos positivos da doença em macacos desde 2019. Os animais não são transmissores da febre amarela, mas, sim, as principais vítimas da doença. A presença de animais doentes serve como “alerta” de que o vírus está circulando e, quando contaminados, os primatas dificilmente sobrevivem.

Vale ressaltar ainda que a febre amarela não é transmitida ao entrar em contato com uma pessoa ou animal infectado, uma vez que não é contagiosa. É importante lembrar que agredir ou matar macacos é crime ambiental (Lei Federal nº 9.605/1998, artigo 29) e prejudica o trabalho de prevenção dos surtos de febre amarela.

Quem encontrar macacos mortos deve acionar a Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) de segunda a sexta-feira pelo telefone (19) 2515-7044. Já nos demais períodos, a Defesa Civil recebe ligações pelo número 199.

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