Desde 2007, Campinas registrou pelo menos 539 casos de coqueluche. Num intervalo de 18 anos, o período com maior número de infecções foi em 2014, com 124 pacientes contaminados. Neste ano, o governo municipal notificou dois registros em residentes do município.
O Brasil e o estado de São Paulo vivem um alerta para o reaparecimento da doença e aumento de casos. No dia 3 de junho, o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica sobre a ocorrência da coqueluche no país e a importância da vacinação. A nota foi publicada depois que o Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças divulgou que pelo menos 17 países da União Europeia registraram alta da doença.
A doença
A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ela ocorre principalmente em crianças e bebês menores de um ano de idade. Ela não é erradicada, ou seja, circula pelo país, o que reforça a importância de manter a vacinação atualizada.
Os sintomas da coqueluche podem se manifestar em níveis. No primeiro, o mais leve, os sintomas são parecidos com o de um resfriado:
- Mal-estar geral
- Corrimento nasal
- Tosse seca
- Febre baixa
Depois, a tosse seca piora e outros sinais podem aparecer:
- Tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada
- Tosse pode ser tão intensa que pode comprometer a respiração
- Crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo
- Os sinais e sintomas da coqueluche duram entre seis a 10 semanas, podendo durar mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso.
Vacinação
A principal forma de combate é a vacina, que está disponível na rede pública de saúde de Campinas, por fazer parte do Calendário Nacional de Vacinação. O esquema vacinal contra a doença é dividido em três etapas:
- três doses da vacina pentavalente aos 2, 4 e 6 meses de vida;
- um primeiro reforço do imunizante com a tríplice bacteriana aos 15 meses de idade;
- um segundo reforço aos 4 anos também com a tríplice bacteriana.