O julgamento de Hunter Biden, filho do presidente norte-americano Joe Biden, começou nesta quinta-feira (5) nos Estados Unidos com uma reviravolta.
Acusado de não pagar US$ 1,4 milhão, o equivalente R$ 7 milhões, em impostos, enquanto mantinha um estilo de vida luxuoso, Hunter, que até então alegava que as taxas ficaram pendentes por descuido devido à vida conturbada que manteve por anos, propôs se declarar culpado.
A manobra da defesa aconteceu um pouco antes da seleção do júri começar e é conhecida como “alegação de Alford”, na qual o acusado afirma ser inocente, mas reconhece que as evidências da promotoria são suficientes para que se chegue a um veredito de culpado.
A decisão é uma tentativa de evitar um julgamento de semanas que poderia lhe custar até 17 anos de prisão e foi criticada pelos promotores, que pediram ao juiz responsável pelo caso, Mark Scarsi — indicado por Trump ao Tribunal —, para que rejeitasse a alegação.
Como o presidente Joe Biden desistiu da corrida presidencial de 2024, o julgamento de seu filho não parece influenciar a opinião dos eleitores de forma significativa. Por outro lado, Donald Trump, candidato republicano à presidência, enfrenta quatro processos criminais e, nesta quinta-feira (5), se declarou inocente em um dos casos em andamento em Washington, D.C.
O ex-presidente é investigado por suposta participação na invasão ao Capitólio e nas tentativas de reverter o resultado das eleições de 2020. Embora tenha sido intimado para uma audiência sobre o caso, Trump não compareceu. Os advogados dele argumentaram que uma decisão recente da Suprema Corte americana garante imunidade a presidentes por atos considerados oficiais durante seu mandato.
Em paralelo, Trump anunciou hoje, que, caso seja eleito, o bilionário Elon Musk será o chefe da nova “Comissão de Eficiência”, responsável por auditar e sugerir cortes de gastos na administração federal.
*Do SBT News