O combate ao Aedes aegypti, espécie que transmite os vírus da dengue, está na mira da cidade de Santos, que vive a 26ª etapa do mutirão, no bairro Boqueirão. A ação envolveu 69 agentes de combate às endemias e 25 agentes da Terracom, que trabalharam em conjunto para eliminar focos do mosquito.
Durante a vistoria, os agentes visitaram 1.851 imóveis e identificaram 69 focos do mosquito transmissor de doenças como dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana. No entanto, o trabalho não parou por aí: os agentes retornarão ao bairro neste sábado (14) para realizar novas visitas.
Além disso, uma segunda etapa do mutirão acontecerá na próxima quarta-feira (18), com o objetivo de continuar as ações de prevenção. A primeira fase do mutirão cobriu a área delimitada pelas Avenidas Vicente de Carvalho, Washington Luís e Siqueira Campos.
Também foram vistoriadas as ruas Mato Grosso e Lobo Vianna, pontos críticos para a proliferação do Aedes aegypti. Para garantir o sucesso da operação, a empresa Terracom disponibilizou um caminhão para retirar materiais que poderiam ser criadouros de mosquitos.
População de Santos deve colaborar na prevenção contra à dengue
Santos, de clima quente e úmido, proporciona as condições perfeitas para o ciclo do mosquito.
O Chefe do Centro de Controle de Zoonoses e Controle de Vetores (CCZV), Boanerges de Oliveira, reforçou a importância da conscientização no combate à dengue.
“Se cada pessoa dedicar 10 minutos por semana para vistoriar suas casas e eliminar focos, conseguiremos reduzir os casos de dengue no verão”, afirmou Oliveira. A vigilância constante é fundamental, pois o mosquito tem um ciclo de vida rápido, de apenas 7 a 10 dias.
Esses materiais, como pneus e objetos inservíveis, oferecem condições ideais para o desenvolvimento do mosquito. Por isso, a colaboração de toda a população é essencial para diminuir os riscos e proteger a saúde pública.
Entre os cuidados mais simples e eficazes, estão a limpeza das calhas, vedação dos ralos e a verificação das tampas das caixas d’água.
Vacinação também combate a dengue em Santos
O Aedes aegypti se desenvolve em locais de água parada, onde a fêmea deposita seus ovos. Quando a fêmea pica uma pessoa infectada, ela se torna transmissora dos vírus, passando-os para outras pessoas.
Para evitar, a vacinação contra a dengue segue disponível para crianças e jovens, de 10 a 14 anos, nas policlínicas. Para completar o esquema vacinal, é necessário tomar duas doses com intervalo de três meses, proporcionando uma camada extra de proteção.
Além disso, a administração municipal destaca a importância de verificar locais de água parada em nossas casas e ambientes para ajudar na prevenção.
A recomendação de combate à dengue inclui checar vasos de plantas, ralos, caixas d’água e até bandejas de geladeiras, pontos críticos onde o mosquito pode se reproduzir facilmente.
Em 2024, os mutirões realizados em Santos já eliminaram 1.320 focos de larvas de Aedes aegypti, sendo que o município registrou 5.194 casos de dengue e 151 de chikungunya até o momento.