O empresário Davi Aires Costa, de 63 anos, que estava desaparecido desde o dia 12 de janeiro, foi encontrado morto com sinais de violência no dia 18 de janeiro num terreno aos fundos do Cemitério da Saudade, em Sumaré.
A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana conseguiu esclarecer o homicídio do idoso, morador de Hortolândia, e prendeu dois suspeitos do assassinato na tarde desta quinta-feira (30).
As investigações apontaram movimentações bancárias suspeitas nas contas de Davi, levando a equipe policial a aprofundar as apurações.
Segundo a DIG, a vítima foi rendida e obrigada a realizar transferências bancárias aos autores e, em seguida, brutalmente assassinada.
A partir da análise de dados telefônicos, financeiros e demais técnicas, a DIG identificou dois suspeitos e representou pela prisão deles.
Dois suspeitos de matar empresário de Hortolândia foram presos
Na tarde desta quinta-feira (30), foram cumpridos mandados de busca e apreensão e prisão nas cidades de Sumaré, Hortolândia, Campinas e Vinhedo.
O suposto autor dos disparos é conhecido como “Fucho”. Ele foi detido na residência de seu pai e confessou participação no crime, detalhando o envolvimento de outros dois investigados. “Fucho” era funcionário de Davi e tornou-se amigo pessoal e seguidor da mesma religião de matriz africana.
Na cidade de Vinhedo, uma mulher foi presa. Durante o depoimento, ela disse que acompanhou o autor na data do crime e o ajudou a colocar um cabo de vassoura nas partes intimas do empresário, enquanto ainda estava vivo, e teria feito transferências.
Como foi a morte do empresário de Hortolândia?
Local onde ele foi encontrado morto. Atrás do Cemitério da Saudade, em Sumaré (à direita)
No dia anterior do homicídio, o funcionário convidou o empresário para acompanhá-lo em rituais religiosos. Após realizarem oferendas em um primeiro local, buscaram a mulher investigada e seguiram para o Cemitério da Saudade, na cidade de Sumaré, onde realizariam um segundo ritual.
Chegando ao Cemitério, Davi foi rendido e forçado a fornecer suas senhas bancárias, além de transferir dinheiro para a conta do autor e entregar seus pertences à investigada.
Em seguida, “Fucho” estrangulou seu patrão com um golpe conhecido como “mata-leão” e, com a ajuda da mulher, atirou na cabeça da vítima, abandonando o corpo.
Mentor do crime, Pai de Santo “Tuta” está foragido
No dia seguinte, uma nova transferência bancária esvaziou a conta da vítima. Os valores foram imediatamente repassados para um outro integrante do grupo que seria um Pai de Santo e mentor do crime.
O nome dele é Alisson Maurino Siqueira dos Santos, mais conhecido como Tuta.
Após o crime, o grupo seguiu até um espaço abandonado, onde queimou o celular e os pertences do empresário na tentativa de destruir provas.
A DIG de Americana segue empenhada na conclusão deste caso e na prisão do último envolvido: o Pai de Santo.