Após fortes chuvas provocarem transtornos na Baixada Santista, na noite de terça-feira (18), a Defesa Civil de Santos informou que o acumulado chegou a 146,1 mm em 72 horas no município, ultrapassando a média de fevereiro (287,5 mm). Os bairros Nova Cintra, Chico de Paula e Morro São Bento registraram os maiores índices de chuva no Estado de São Paulo no intervalo de três horas.
Equipes da Prefeitura atenderam ocorrências relacionadas a deslizamentos nos morros do Marapé, São Bento e Vila Progresso, mas sem gravidade. Houve quedas de árvores e postes em algumas regiões, além do acolhimento de uma munícipe cadeirante vítima de inundação.
Conforme informado pela administração municipal, não foram necessárias interdições de imóveis, e nenhuma ocorrência grave foi registrada.
Fortes chuvas impactam Santos, no litoral paulista
Uma imagem que circula nas redes sociais mostra várias motos derrubadas pela chuva em frente a uma universidade, no Boqueirão. Além disso, uma árvore caiu no bairro São Manoel, e houve solapamento de calçada no Gonzaga, próximo a uma obra residencial. O trânsito foi bloqueado em pontos críticos, como a Avenida Nossa Senhora de Fátima e a Rua Senador Feijó, por conta de alagamentos.
Cerca de 380 profissionais e 30 veículos da Prefeitura foram mobilizados para limpeza, remoção de resíduos e drenagem. Quatro escolas municipais e algumas policlínicas foram fechadas temporariamente para limpeza, mas as aulas e atendimentos devem ser normalizados ainda nesta quarta-feira (19), exceto na Policlínica Bom Retiro, que sofreu danos elétricos.
A chuva também causou impactos no trânsito, com interdições em vias como a Avenida Nossa Senhora de Fátima e a Praça Washington. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos) mantém equipes em campo para monitorar e reativar semáforos danificados, além de atender situações emergenciais em pontos críticos.
A Prefeitura destacou as ações preventivas, como o Plano Preventivo da Defesa Civil, vigente até abril, e a limpeza contínua de canais e galerias, que retirou mais de 616 toneladas de resíduos em janeiro. Grandes obras, como estações elevatórias e melhorias na drenagem, estão sendo realizadas para reduzir os impactos das chuvas.
Guarujá
Em nota, a Defesa Civil de Guarujá informou que as chuvas da última noite não geraram nenhuma ocorrência registrada. O acumulado de precipitação nas últimas 24 e 72 horas foi de 43 mm, com o município permanecendo em nível de observação.
Praia Grande
A Prefeitura de Praia Grande informou que as chuvas registradas mantiveram as equipes municipais em estado de alerta. Apesar de alguns pontos de alagamento terem sido identificados, a Administração não foi informada sobre ocorrências graves na cidade.
No acumulado das últimas 24 horas, o volume de chuva chegou a 110 mm, enquanto, ao longo de fevereiro, já são registrados 386 mm. A média histórica para o mês nos últimos 10 anos é de 560 mm, segundo dados da Prefeitura.
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São Vicente
A administração municipal informou que não houve registros de moradores desabrigados. A Defesa Civil atendeu ocorrências como quedas de árvores em locais como as praças 22 de Janeiro e Vicente de Carvalho, além de vias como as ruas 9 de Julho, Américo Martins dos Santos e Alameda Paulo Gonçalves.
Houve também o registro de um muro caído na Rua Coaracy Paranhos, onde equipes já realizam os reparos necessários. Dados pluviométricos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) indicam 145 mm de chuva acumulada nas últimas 24 horas, com o nível de atenção ainda vigente.
Entretanto, com a melhora do tempo na manhã desta quarta-feira (19), não há alagamentos ativos, e as equipes municipais seguem monitorando a cidade para garantir a segurança dos moradores.
Litoral sul
A Defesa Civil de Itanhaém permanece em estado de atenção devido às chuvas intensas. Apesar do alto volume de 65 mm nas últimas 24 horas e 88,1 mm em 72 horas, não há registros de desabrigados ou desalojados. Pontos de alagamento e quedas de árvores foram registrados, mas as providências já foram tomadas.
Já Bertioga registrou, via Defesa Civil, 169,36 mm de chuva nas últimas 24 horas. Apesar do volume elevado, as obras de micro e macrodrenagem garantiram rápido escoamento nas ruas que apresentaram acúmulo de água. Não houve ocorrências que demandassem intervenção.
Em Mongaguá, o índice pluviométrico das últimas 24 e 72 horas foi de 39,6 mm. As chuvas não causaram alagamentos ou outros transtornos na cidade, e nenhuma ocorrência foi registrada pela Defesa Civil.
Maiores acumulados
Confira abaixo os maiores índices de chuva acumulados em 12 horas, registrados às 5h49 desta quarta-feira na Baixada Santista, conforme informações do Cemaden e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet):
- Bertioga (Jardim Lindo): 169 mm
- Santos (Nova Cintra): 144 mm
- Santos (Chico de Paula): 142 mm
- Santos (Sabesp – Morro São Bento): 132 mm
- Santos (Estuário): 82 mm
- Santos (Ponta da Praia): 73 mm
- Guarujá (Perequê 2): 141 mm
- Guarujá (Corpo de Bombeiros): 98 mm
- Guarujá (Morrinhos): 79 mm
- São Vicente (Jardim Rio Branco): 126 mm
- São Vicente (Paranapuã): 106 mm
- Praia Grande (Xixová Geotec): 92 mm
- Itanhaém (Balneário Gaivota): 56 mm