O influenciador digital Jimmy Donaldson, conhecido como MrBeast, de 26 anos, explorou os “cinco lugares mais mortais do planeta” e encontrou na Baixada Santista o desafio mais extremo: a Ilha das Cobras. Localizada entre Itanhaém e Peruíbe, a região abriga uma das maiores densidades de serpentes venenosas do mundo, com 45 por hectare. Contudo, é o único habitat da jararaca-ilhoa, uma das espécies mais letais do planeta.
Com autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), gestor da área, o youtuber passou uma noite na ilha. Além de capturar imagens, auxiliou um cientista na captura controlada das cobras. Ele foi visto em Santos, no último 23 de fevereiro, antes da aventura. A visitação à ilha, entretanto, é restrita a fins jornalísticos e científicos.
Nesta semana, o influenciador publicou o vídeo para os seus mais de 500 milhões de seguidores, que já ultrapassa 51 milhões de visualizações. MrBeast destacou a Ilha das Cobras como “a mais perigosa” de sua lista, que também inclui a Floresta Amazônica no Peru, a Estrada da Morte na Bolívia, uma cachoeira congelada na Europa e um safári na África.
MrBeast visita ilha perigosa no Brasil; saiba como foi
Ao lado de três amigos e pesquisadores, Jimmy acampou na ilha cercado por perigos vindos de todos os lados… até mesmo de cima. É que além das serpentes no chão, algumas se alojam nas árvores. Proteções especiais nas pernas foram usadas, mas o influenciador admitiu que o medo de ataques persistiu durante toda a estadia. “Para uma ilha cheia de máquinas de matar, aqui é bem bonito”, comentou no vídeo.
Entre as atividades, MrBeast ajudou a encontrar as cobras para auxiliar o cientista na extração de veneno, essencial para a produção de antídotos que salvam milhares de vidas no Brasil. Quando a noite chegou, a sobrevivência tornou-se prioridade. O grupo montou tendas e passou horas de apreensão, sem certeza se estavam completamente protegidos. Por fim, o criador de conteúdo comemorou o sucesso da missão.
“Sobrevivemos à Ilha das Cobras e ninguém morreu”, afirmou.
Durante o vídeo, o influenciador revelou ainda informações impressionantes sobre o local. Ele contou que a mordida de uma cobra pode ser letal em menos de uma hora, o que assustou seus amigos. “É meio assustador pensar que eu posso morrer a qualquer momento”, disse um dos participantes.
Além disso, o youtuber explicou que as cobras exterminaram todos os animais terrestres da ilha, deixando como presas apenas os pássaros nas árvores. Segundo ele, as serpentes podem atacar a qualquer momento, inclusive saltando das árvores. “A qualquer momento uma cobra pode pular de uma árvore e picar a gente”, comentou.
Maior youtuber do mundo classifica os 5 lugares mais perigosos do mundo; veja ranking
5. Safári Africano
- MrBeast enfrentou uma noite em uma jaula, cercado por leões, guepardos, hipopótamos e outros animais selvagens. Para aumentar a emoção, ele espalhou carnes ao redor, tornando a situação ainda mais arriscada.
4. Cachoeira Congelada
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- Junto a amigos, o influenciador escalou uma gigantesca cachoeira congelada na Europa. Durante o percurso, um dos integrantes do grupo precisou desistir devido às dificuldades extremas.
3. Estrada da Morte
- O youtuber dirigiu em uma estrada perigosa na Bolívia, com um precipício de 300 metros ao lado. Conhecida pelo alto índice de acidentes, a estrada foi fechada há dez anos, mas MrBeast obteve a autorização do governo para realizar a gravação.
2. Cataratas de Gocta
- O Peru abriga as Cataratas de Gocta, o segundo local mais arriscado da lista. A trilha, íngreme e escorregadia, é ainda mais desafiada pelas enchentes, e a força da água pode derrubar qualquer pessoa de uma altura de 300 metros.
1. Ilha das Cobras
- Por fim, MrBeast considerou a Ilha das Cobras, localizada entre Itanhaém e Peruíbe, como o local mais mortal de todos. A região, famosa por sua densidade de cobras venenosas, torna o destino extremamente perigoso e inigualável.
Conheça a Ilha das Cobras, o lugar ‘mais perigoso do mundo’
Além de perigosa, a Ilha da Queimada Grande, ou Ilha das Cobras, é inóspita, sem abrigos ou infraestrutura. Vegetação espinhosa, terrenos íngremes e condições climáticas imprevisíveis tornam qualquer expedição um desafio. Em caso de visita, no entanto, é necessário planejar com cuidado e contar com profissionais capacitados, com equipamentos de resgate e monitoramento constante.
Segundo biólogos do Instituto Butantan, que estudam os animais da região desde 1911, a população estimada de cobras na Ilha da Queimada Grande é de pelo menos 15 mil indivíduos.
Para acessar o local, é imprescindível seguir regras rígidas do ICMBio. Capturar, tocar ou perturbar a fauna local é proibido, e a remoção de todo material gerado é obrigatória. É necessário obter autorização específica para usar drones, porém, para garantir a proteção das espécies e minimizando o impacto ambiental.
