A Secretaria de Saúde de Bragança Paulista confirmou, nesta semana, o quarto óbito por febre amarela no município em 2025. A vítima mais recente é uma mulher de 66 anos, cujo falecimento ocorreu em 16 de março. O caso, que estava em análise pelo Instituto Adolfo Lutz, foi confirmado como morte em decorrência da doença.
Até o momento, Bragança contabiliza seis casos confirmados de febre amarela neste ano. Quatro evoluíram para óbito. Outros seis pacientes estão sob investigação, incluindo dois óbitos que aguardam confirmação. Com isso, o número de mortes pode chegar a seis nos próximos dias. Além disso, três pacientes seguem internados com suspeita da doença.
Histórico da doença e vacinação
Antes de 2025, o último caso de febre amarela contraído no município havia sido registrado em 2018. A prefeitura voltou a reforçar a importância da vacinação. O imunizante está disponível em todas as 29 unidades de saúde da cidade para pessoas a partir dos seis meses de idade. O município dispõe de 4.875 doses em estoque.
Quem não tem registro da vacina contra a febre amarela na carteira de vacinação, ou não tem certeza se já foi imunizado, deve procurar a unidade mais próxima. A febre amarela apresenta sintomas iniciais entre 3 e 6 dias após a infecção, com quadro clínico que inclui febre súbita, calafrios, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza.
Monitoramento e orientação à população
A Secretaria de Saúde reforça que a febre amarela não é transmitida de pessoa para pessoa. O vírus é disseminado por meio da picada de mosquitos infectados, sendo o Aedes aegypti o principal vetor urbano. Em áreas de mata, outras espécies de mosquito também transmitem a doença.
A população é orientada a comunicar imediatamente a Unidade de Vigilância em Zoonoses caso encontre macacos doentes ou mortos. A recomendação é não tocar nos animais. A notificação pode ser feita pelo telefone (11) 4033-0283 ou pelo e-mail uvz@braganca.sp.gov.br. Os primatas não transmitem a doença, mas funcionam como sentinelas da circulação viral, já que são altamente suscetíveis ao vírus.