O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), e o ex-secretário de Educação Márcio Carrara tornaram-se réus em uma ação por improbidade administrativa, após denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). A Justiça aceitou a ação nesta segunda-feira (12/5). A suspeita é de um superfaturamento superior a R$ 11 milhões na compra de lousas digitais fornecidas pela empresa Educateca.
A aquisição de 1.188 lousas digitais foi feita em 2021, no primeiro ano da gestão de Rodrigo Manga. O contrato firmado com a empresa soma R$ 46 milhões, dos quais R$ 44 milhões já foram pagos. Um parecer técnico do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) apontou “incompatibilidade do preço praticado com o mercado”, indicando que, de cada R$ 4 pagos, R$ 1 teria sido superfaturado.
O MPSP solicitou o bloqueio de bens de Manga, Carrara e da Educateca, além do afastamento imediato de Carrara da função de chefe de gabinete da Secretaria de Relações Institucionais e Metropolitanas. No entanto, o juiz Alexandre de Mello Guerra, da Vara da Fazenda Pública, indeferiu os pedidos por falta de provas concretas que apontem risco ao andamento do processo ou tentativa de ocultação de patrimônio. O magistrado deixou em aberto a possibilidade de revisão caso surjam novos elementos.
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Rodrigo Manga também é investigado pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de recursos em contrato com uma Organização Social de Saúde (OSS) para a gestão de uma UPA no município. À época, o prefeito afirmou, em nota, que colabora com as autoridades para esclarecer os fatos.