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Inflação sobe 0,36% em maio; aumento nos remédios e energia elétrica acumulam alta

O IPCA-15, indicador que antecipa a inflação oficial do país, registrou avanço de 0,36% em maio. O resultado, divulgado pelo IBGE.
Inflação de maio tem aumento carregado pela energia elétrica e remédios (Foto: Unsplash)

O IPCA-15, indicador que antecipa a inflação oficial do país, registrou avanço de 0,36% em maio. O resultado, divulgado nesta terça-feira (27) pelo IBGE, representa a menor alta para o mês desde 2020, quando os preços chegaram a cair 0,59%.

Ainda assim, o índice acumulado em 12 meses segue elevado, com variação de 5,40%, ligeiramente abaixo dos 5,49% registrados até abril.


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Variação mensal segundo o IBGE (Foto: Reprodução, disponível em: https://www.ibge.gov.br/indicadores#ipca)

Dos nove grupos analisados, sete apresentaram alta.

  • Vestuário liderou o avanço, com 0,92%;
  • Seguido por Saúde e cuidados pessoais, com 0,91%;
  • Habitação, com 0,67%;
  • A energia elétrica residencial, com aumento de 1,68% em decorrência da aplicação da bandeira amarela, foi o item de maior impacto individual no IPCA-15 do mês — responsável por 0,06 ponto percentual do índice geral.
  • Em saúde, o reajuste nos medicamentos, autorizado no fim de março, elevou os preços dos produtos farmacêuticos em 1,93%. A variação depende do nível de concorrência dos medicamentos no mercado: de 2,60% a 5,06%.

Alimentação desacelera; transporte recua

No grupo Alimentação e bebidas, o IPCA-15 desacelerou de 1,14% em abril para 0,39% em maio. Mesmo com a alta da batata-inglesa (21,75%), da cebola (6,14%) e do café moído (4,82%), o movimento de queda em itens como tomate (-7,28%), arroz (-4,31%) e frutas (-1,64%) contribuiu para o arrefecimento do grupo.

Transportes foi o único setor com queda expressiva no mês (-0,29%). A retração foi puxada pela redução de 11,18% nas passagens aéreas e pelo impacto da tarifa zero em ônibus urbanos aos domingos e feriados em algumas cidades, como Brasília. Combustíveis oscilaram pouco, com aumento do etanol (0,54%) e da gasolina (0,14%), compensados por recuos no diesel (-1,53%) e no gás veicular (-0,96%).

Inflação segue acima do teto da meta

Mesmo com a desaceleração pontual, o índice permanece acima do limite estabelecido pelo regime de metas do Banco Central.

A inflação acumulada em 2024 já atinge 2,80%, enquanto o teto da meta anual é de 4,5%. O índice de difusão — que mede o percentual de itens que registraram aumento — também segue elevado, embora tenha recuado de 69% para 65%.


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Autor

  • Iago Yoshimi Seo

    Jornalista de profundidade, autor do livro A Teoria de Tudo Social: Democracia LTDA., ambicioso por política e debates

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