Neste sábado (7), o Jardim Imperial, em Atibaia, será palco da terceira edição do Festival Império Cultural – “Quebrada ConsCiência”, que marca o encerramento oficial da Semana do Meio Ambiente no município.
A iniciativa, gratuita e aberta ao público, ocorre das 15h às 22h na Praça do Migrante Nordestino e no Escadão em frente à escola Waldemar Bastos Buhler, com uma programação que integra cultura, ciência e meio ambiente.
Entre as ações previstas estão:
- Plantio de mudas nativas;
- Intervenções de graffiti;
- Debates socioambientais;
- Oficinas;
- Cortejo cultural;
- Tradicional sarau;
Segundo a organização, um dos destaques também será o mural assinado pela artista plástica Mille Bitten, do projeto “Bem-Te-Vi no Meu Caminho”, que passa a compor o conjunto de revitalizações promovidas no bairro. A proposta do movimento é ocupar os espaços públicos não apenas com arte, mas com consciência.
Ciência de forma acessível: entre o RAP e o saber popular
Inspirado no modelo internacional Pint of Science, o festival também apresenta o “RAP Hour & Um Gole de Ciência” — espaço de breves reflexões conduzidas por cientistas, coletivos e moradores, intercaladas com atrações culturais. A ação visa democratizar o conhecimento e ampliar a percepção pública sobre questões ambientais.
Segundo a produtora Raquel Silva, uma das idealizadoras, o evento responde a demandas reais da comunidade, como a ausência de lixeiras, a escassez de áreas sombreadas e o impacto direto das mudanças climáticas em bairros periféricos e zonas rurais. “As discussões sobre meio ambiente ainda são centralizadas e excludentes. Nosso objetivo é deslocar essas pautas para o território e trazer vozes negras e periféricas para o centro da conversa”, afirma.

Vivência cultural como eixo de transformação
Idealizado por Raquel e pelo produtor PJ Ramon, representante do bairro, o Festival Império Cultural se articula como ferramenta de mobilização comunitária e inclusão cultural. “Com cultura a gente ocupa o tempo da molecada, cuida da praça, inspira a galera. Vai ter latão grafitado pra começar a separar o lixo — é sobre espalhar a ideia e fazer todo mundo participar”, explica Ramon.
Além das ações educativas e artísticas, a programação traz oficina de pintura com pigmentos naturais, organizada pela Simbiose, cortejo do Boi Fulô com o grupo Curiá, e o Sarau InVersos Periféricos, que abre espaço para artistas da região.
À noite, o festival encerra com pista de dança e discotecagem de PJ Ramon, embalando a praça com black music, forró e piseiro.