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Por que o resgate de Juliana Marins na Indonésia era tão difícil de ser feito?

Juliana Marins, publicitária de 27 anos natural de Niterói (RJ), foi encontrada morta após deslizar em um penhasco na Indonésia.
Entenda os desafios para resgatar Juliana Marins (Foto: Reprodução / redes sociais)

Desde o início das buscas, as equipes de resgate enfrentaram condições climáticas adversas e instabilidade visual provocadas pela neblina constante na região, e nessas condições Juliana Marins, publicitária de 27 anos natural de Niterói (RJ), foi encontrada morta. A morte da publicitária foi confirmada nesta terça-feira (24) após quatro dias de buscas no Monte Rinjani, na Indonésia. A jovem caiu de um penhasco enquanto fazia uma trilha no vulcão no sábado (21), durante viagem de mochilão pela Ásia.

O terreno arenoso e o desnível acentuado do Monte Rinjani — um vulcão ativo com solo de deslizamento fácil — tornaram o trabalho de helicópteros e alpinistas experientes ainda mais complexo. De acordo com o governo brasileiro, as equipes locais confirmaram que Juliana deslizou aproximadamente 150 metros adicionais penhasco abaixo desde a primeira localização por drone térmico, feita apenas na segunda-feira (23).


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Imagens aéreas captadas no dia seguinte ao acidente ainda mostravam Juliana com sinais de movimento. No entanto, registros mais recentes, feitos no domingo (22), já indicavam a imobilidade da vítima.

Familiares da brasileira apontaram demora e falhas logísticas no processo de resgate, sob responsabilidade do governo indonésio e da administração do parque nacional onde o vulcão está localizado. A localização exata de Juliana só foi confirmada dois dias após o desaparecimento, o que, segundo os parentes, comprometeu as chances de resgatá-la com vida.

No momento do acidente, Juliana estava sozinha, separada de seu grupo e do guia da trilha. Sem acesso a água, alimentos ou abrigo, permaneceu exposta ao frio intenso e à chuva constante da região. A queda aconteceu em uma trilha conhecida por sua beleza natural, mas também por apresentar riscos elevados a quem a percorre.

Confirmação da morte

A informação da morte foi divulgada em um perfil no Instagram criado por amigos e familiares para acompanhar as buscas: “Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, diz a nota.

A publicitária estava na Ásia desde fevereiro e documentava sua viagem em redes sociais. Até o momento, não há informações sobre os trâmites de repatriação do corpo.

Nota oficial do Itamaraty

Em nota oficial, o governo brasileiro lamentou a morte da brasileira, confira: “O governo brasileiro comunica, com profundo pesar, a morte da turista brasileira Juliana Marins, que havia caído de um penhasco que circunda a trilha junto à cratera do Mount Rinjani (3.726 metros de altura), vulcão localizado a cerca de 1.200 km de Jacarta, na ilha de Lombok. Ao final de quatro dias de trabalho, dificultado pelas condições meteorológicas, de solo e de visibilidade adversas na região, equipes da Agência de Busca e Salvamento da Indonésia encontraram o corpo da turista brasileira.

A embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais, no mais alto nível, para a tarefa de resgate e vinha acompanhando os trabalhos de busca desde a noite de sexta-feira, quando foi informada da queda no Mount Rinjani.

O governo brasileiro transmite suas condolências aos familiares e amigos da turista brasileira pela imensa perda nesse trágico acidente.”


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Autor

  • Iago Yoshimi Seo

    Jornalista de profundidade, autor do livro A Teoria de Tudo Social: Democracia LTDA., ambicioso por política e debates

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