Uma mulher grávida de 36 semanas foi agredida na noite de domingo (12) em uma residência no Hípica Jaguari, em Bragança Paulista. A ocorrência de violência doméstica foi registrada por volta das 22h30, após moradores ouvirem gritos vindos do imóvel e acionarem a Guarda Civil Municipal (GCM).
Ao chegar ao local, os agentes foram recebidos pelo morador, que afirmou se tratar de uma simples discussão de casal. No entanto, a vítima se apresentou com lesões visíveis no rosto e relatou ter sido agredida fisicamente. Segundo o depoimento, ela teria sido impedida de pedir socorro e submetida a pressão na região abdominal, o que agrava a situação, já que a gestação é considerada de risco.
Segundo o Boletim de Ocorrência, o suspeito ainda apertou a barriga e tapou a boca da vítima, impedindo-a de sair de casa. Diante dos indícios e da gravidade do caso, o suspeito foi detido em flagrante e conduzido ao plantão policial, onde permaneceu à disposição da Justiça.

Principais tipos de violência denunciados
A Central de Atendimento à Mulher registrou 86.025 denúncias de violência nos primeiros sete meses de 2025, o que representa uma média de 16,91 ocorrências por hora em todo o país, conforme dados divulgados em agosto deste ano. A estatística reflete exclusivamente os atendimentos realizados pelo serviço nacional da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, vinculado ao Ministério da Mulher.
Segundo os dados oficiais divulgados pela pasta, 47,6% dos agressores mantinham ou mantiveram relações afetivas com as vítimas, sendo companheiros, cônjuges ou namorados — atuais ou ex. Ainda conforme o levantamento, 57,7% das vítimas se identificam como heterossexuais e 44,3% se autodeclaram negras.
As denúncias se referem a diversos tipos de agressão em contextos de violência doméstica, familiar ou de relações íntimas de afeto. Entre os principais grupos identificados, destacam-se:
- Violência física: 41,4%
- Violência psicológica: 27,9%
- Violência sexual: 3,6%
Entre os locais onde os episódios de violência mais ocorreram, figuram:
- Local de trabalho: 1.354 registros
- Casa de familiares: 1.236 registros
- Estabelecimentos comerciais: 1.164 registros
O relatório aponta ainda que a maior parte das denúncias foi feita pela própria vítima (56 mil registros), seguida por pessoas anônimas (26.251).