A Polícia Civil confirmou, nesta terça-feira (6), que as partes de um corpo encontradas em um açude do Haras Albar, em Campinas, foram identificadas como sendo de uma mulher, Cristina Galasso, de 40 anos, vítima de atropelamento na Rodovia Anhanguera (SP-330). Um funcionário do haras confessou o crime.
De acordo com o boletim de ocorrência, a polícia conseguiu identificar a vítima, por meio de exame papiloscópico (ciência que estuda as impressões papilares, digitais, palmares e plantares, para fins de identificação humana).
Segundo o depoimento, o suspeito contou que atropelou uma mulher na pista de rodagem e com o impacto o corpo da desconhecida seccionou-se, sendo que os membros superiores entraram na cabine do veículo e os inferiores foram deslocados para a caçamba do automóvel.
Na sequência, ele teria ocultado o cadáver na fazenda e, no dia 29 de abril, após comprar correntes com a intenção de manter o corpo submerso, também pegou uma tela de galinheiro, embrulhou as partes do corpo e as levou até o açude, na tentativa de escondê-las, sem ajuda de terceiros.
No domingo (4), porém, outros empregados do estabelecimento encontraram os membros inferiores e superiores do corpo amarrados com correntes e envolvidos na tela de galinheiro. Eles sentiram um cheiro forte no local e avistaram um dedo emergindo da água no açude. O corpo já estava em estágio avançado de decomposição.
A polícia localizou o veículo utilizado no crime, que apresentava danos visíveis e vestígios de sangue no capô e no para-brisa. A perícia confirmou a presença de sangue humano no carro, que estava coberto por uma lona na garagem do investigado.

O caso, inicialmente registrado como homicídio, foi reclassificado como homicídio culposo na direção de veículo automotor e ocultação de cadáver. O homem foi ouvido e liberado.
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Partes de corpo humano são encontradas em açude de haras em Campinas
A Polícia Militar de Campinas foi acionada no início da noite desta segunda-feira (5), após moradores do bairro Chácaras São Rafael encontrarem partes de um corpo humano envoltas em uma rede e enroladas com correntes dentro de um açude, no Haras Albar.
Segundo o boletim de ocorrência, as testemunhas relataram aos policiais que começaram a sentir um cheiro muito forte e, acreditando se tratar de um animal morto, decidiram verificar. Ao se aproximarem do açude, viram um dedo emergindo da água.
Os moradores usaram um pedaço de madeira para conseguir retirar o corpo humano que estava divido em duas partes e em estado avançado de decomposição. A pericia foi acionada, mas não foi possível identificar o sexo do cadáver.
Ainda segundo as testemunhas, o haras é totalmente cercado por muros e conta com guaritas. No entanto, na parte dos fundos — onde fica o açude — não há a mesma proteção, sendo inclusive uma área de passagem do trem Maria Fumaça.
Funcionários e moradores do haras relataram que não perceberam nenhuma anormalidade na região. Durante diligências na fazenda, os agentes encontraram um veículo, modelo Fiat Strada, coberto com uma lona e com a caçamba suja de sangue.
O proprietário do veículo e também do haras foi levado à delegacia, onde prestou depoimento e foi liberado. O caso foi registrado como homicídio no 4º Distrito Policial de Campinas.